O mundo automotivo é feito de história e algumas continuam existindo por meio do design e se tornam atemporais. Elementos de design se tornam marcantes dentro de um marca ou produto e são reconhecidos através dos tempos e eras. Mesmo quando sutis.
Dos anos 2000 para cá, criou-se a ideia de que alguns carros não tem personalidade por causa da linguagem visual criada pelas marcas. Apesar de isso realmente criar uma identidade entre todos os produtos. Mas em alguns aspectos, precisa ser assim, como nestes exemplos a seguir.
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Escudo da Alfa Romeo – Não há Alfa Romeo sem o escudo e não há como não reconhecer um Alfa imediatamente. Além do símbolo, o ‘scudetto’, a grade em formato de escudo está presente desde 1934 com o 6C 2300 Turismo. O formato mais triangular foi tomando forma a partir dos anos 1950 e está presente até hoje.
Duplo rim da BMW – O primeiro modelo da BMW a utilizar a grade, que depois seria chamada de duplo rim pela semelhança com o órgão do corpo humano, foi o 303, em 1933. Apesar disso, o carro que fez a fama do design foi o 328 Roadster. Evoluindo conforme o modelo e com o passar do tempo, foi crescendo até chegar ao estilo aplicado no gigante SUV X7, que virou até piada de que logo a grade – de tão grande – será maior que o próprio carro. Mesmo nos híbridos da linha BMW i e da elétrica iNext ele está presente, mesmo que sem função real.
Hofmeister Kink – Entre os itens que passam despercebidos, mas estão lá, está o Hofmeister Kink. Esse elemento de design surgiu pela primeira vez no BMW 1500, em 1961. O nome foi uma homenagem ao diretor de design, Wilhelm Hofmeister. Ele é uma curvatura muito específica aplicada a todos os carros da marca desde então, na coluna C.
Grade da Rolls-Royce – Chamada de grade “Panteão”, pela semelhança com as colunas que seguram o mítico local dos Deuses, na Grécia. A grade do motor de todos os Rolls-Royce é não só uma instituição, como uma marca registrada de todos os modelos da companhia. Ela, assim como outros elementos da lista, foi atualizada, mas mantém o conceito da primeira, que surgiu, em parte, da necessidade de se fixar o radiador à frente dos carros.
Sete barras da Jeep – Se todo Jeep tem hoje sete barras, é preciso agradecer a Ford. Uma das fabricantes do “jipe” original, junto com a Willys, durante a Segunda Guerra. A marca é quem desenvolveu a conhecida grade com nove barras e os faróis redondos. Ela surgiu porque era barata, mais leve e usava menos recursos. Para os carros de rua, após a guerra, a Willys adotou uma versão de sete barras. E essa continua até hoje nos produtos da marca, que passaram por diversas mãos até fazer parte do Grupo Fiat-Chrysler atualmente.
Painel central do Mini – A história que se perpetuou sobre o painel central da Mini é ligada às corridas. Ele surgiu para que fosse mais fácil ao navegador nas provas ter acesso aos dados do veículo. Isso não faz muito sentido, pois o modelo só foi começar a disputar provas na década de 1960, enquanto já havia surgido uma década antes. Mas era mais prático, para um carro que foi pensado como econômico, o painel central, evitando a troca da peça para mão inglesa ou não. Um ícone, hoje continua fazendo parte dos elementos de design da marca, mesmo com o painel tendo sido trocado para a área atrás do volante, como na maioria dos carros.