O jogador Marcelo, do Real Madrid, terá que pagar uma multa de 105 mil euros por trafegar acima da velocidade permitida em uma estrada nos arredores da sede do clube. Marcelo foi flagrado a 134 km/h em uma zona cuja máxima é de 120 km/h.
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O agravante, no entanto, é que o jogador dirigia sem a carteira de motorista e já havia estourado os pontos do prontuário com outras infrações. O valor da multa equivale a quase R$ 570 mil em conversão direta.
O montante é resultado do processo movido pelo Ministério Público espanhol. Marcelo foi condenado a pagar uma multa diária de 350 euros por dez meses.
Não consta no processo que carro o jogador dirigia, mas ele recebeu da Audi espanhola um A7 Sportback a diesel em dezembro. A marca é patrocinadora do Real Madrid.
Histórico
Além da infração que rendeu a multa de meio milhão de reais, o jogador já tinha sido autuado por excesso de velocidade. Na época, pagou 6 mil euros de multa. No Brasil, Marcelo teve a CNH suspensa por um ano após se recusar a fazer um teste do bafômetro numa blitz de Lei Seca.
O caso parece comum entre os jogadores do Real Madrid nas cercanias do clube. Karim Benzema também já foi pego em alta velocidade na mesma estrada. James Rodríguez chegou a ser perseguido pela polícia. Rodríguez se justificou dizendo que pensava que seria sequestrado.
Habilitação falsa
O jogador Bruno Henrique do Flamengo foi pego em fevereiro com uma habilitação falsa em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. Ele se negou a fazer o teste do bafômetro e quando sua habilitação foi retida, as autoridades perceberam que se tratava de um documento falsificado.
Bruno Henrique poderá responder a um processo com base nos Artigos 304 e 297 do Código Penal Brasileiro, que diz respeito ao uso de documento público falsificado. A pena é de dois a seis anos de reclusão. Ou multa, o que deverá acontecer se ele for condenado.
Outro caso famoso aconteceu com Ronaldinho Gaúcho no início de sua carreira. O caso atual do passaporte falsificado no Paraguai não é o primeiro da vida do jogador. Aos 21 anos, em 2001, Ronaldinho foi pego usando uma CNH falsificada que havia sido comprada em Joinville por R$ 400 na época. Por ter colaborado com as investigações, o jogador teve apenas a habilitação cassada.
Por mais que pareça um caso grave, não existe pena, via Detran, para o motorista que usa CNH falsa. Isso não gera mais pontos no prontuário e nem restrição para que se tire uma habilitação legítima. O Código de Trânsito Brasileiro considera o uso do documento falso equivalente a dirigir sem estar habilitado.