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Pirelli cancela produção de seu calendário 2021
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Pirelli cancela produção de seu calendário 2021

Pirelli também fez uma doação de 100 mil euros, cerca de 550 mil reais, para combate e pesquisa do coronavírus

Redação

25 de mar, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Pirelli
Produção de fotos para o calendário 2020
Crédito:Pirelli/Divulgação

Em 2021, não será possível pendurar na parede o clássico calendário da Pirelli vigente. A empresa produtora de pneus cancelou a produção e o lançamento do célebre calendário para o próximo ano. O produto começou a ser feito em 1964 e também é conhecido como “The Cal”.

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O cancelamento do calendário vem no contexto do avanço da pandemia da covid-19 no mundo. A Itália, país da Pirelli, é um dos locais mais afetados no mundo. Desta forma, outra medida anunciada pela empresa é a doação de 100 mil euros, cerca de 550 mil reais, para a “luta contra” o coronavírus, bem como para a “pesquisa” sobre o vírus.

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O CEO da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, destaca que “a produção do calendário da Pirelli já havia sido cancelada antes, em 1967 e de 1975 a 1983”. Segundo Provera, a empresa vai retomar o projeto “em momento oportuno”.

Calendário como expressão artística da Pirelli

O calendário da Pirelli atualmente reúne celebridades e supermodelos em frente às câmeras e renomados fotógrafos por trás delas. O produto, que começou a ser lançado em 1964, seguiu ininterruptamente até 1974, quando a sua produção foi cancelada pelos próximos nove anos, por causa de recessão mundial deflagrada pela guerra de Yom Kippur e pela crise do petróleo.

No começo, as fotografadas eram novas modelos e os ambientes eram mais naturais. Em 1972, a francesa Sarah Moon se tornou a primeira mulher a assinar as fotos do calendário. O retorno foi em 1984, sob nova direção de arte e com nova inspiração em suas próprias raízes, contando com referências aos pneus.


Demonstrando o caráter progressivo do “The Cal”, em 1987, Terence Donovan criou um calendário somente com modelos negras. Entre elas estava uma jovem de 16 anos que se tornaria uma das maiores supermodelos da história: Naomi Campbell. Em 88, o calendário contou pela primeira vez com um homem como modelo.

Sapatilhas por saltos

Na década de 90, a companhia passou por mudanças e agora passava a apostar mais em seu caráter internacional e em campanhas publicitárias. Uma das imagens mais representativas desse novo momento foi a do campeão olímpico Carl Lewis calçando saltos vermelhos, em um trabalho da aclamada fotógrafa Annie Leibovitz. O “The Cal” virou, assim, uma das principais marcas do grupo.

Neste contexto, a publicação deixou as referências aos pneus e voltou às raízes da liberdade artística. Desde então, a Pirelli continuou a reunir as mais famosas supermodelos e os mais renomados fotógrafos para produzir os seus calendários, os quais passaram a ter uma conexão mais forte com o mundo fashion. Atrizes e cantoras também eram retratos artísticos das lentes dos fotógrafos.


Em 2013, o “The Cal” chegou ao Brasil. Em uma publicação fotografada por Steve McCurry, o calendário buscou capturar as situações sociais e econômicas no País. Entre as fotografadas estavam a atriz Sônia Braga, a cantora Marisa Monte e a modelo Adriana Lima.

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