Thiago Lasco
A Porsche comemora neste ano cinco décadas de produção de um dos maiores ícones da indústria automobilística, o 911. A marca vai expor quatro exemplares históricos do modelo em seu museu, em Stuttgart (Alemanha). Um quinto exemplar fará uma turnê por locais como Paris, Xangai, Califórnia e Austrália.
O modelo foi apresentado no Salão de Frankfurt de 1963 como 901. Como a Peugeot detinha os direitos de nomes de automóveis com três algarismos e um zero no meio, a Porsche teve de rebatizá-lo no lançamento.
Seu primeiro motor, um seis-cilindros de 2,2 litros, gerava 130 cv e alcançava 210 km/h. Depois, viriam propulsores 2.4, 3.0, 3.2 e 3.3. Versões com turbo começaram a ser oferecidas em 1974.
Em 1967, temendo que a lei norte-americana vetasse conversíveis, a marca criou uma versão que trazia uma barra de proteção central, o 911 Targa.
Uma das curiosidades é que os códigos de projetos utilizados internamente na fábrica acabaram sendo adotados pelos fãs do modelo para distinguir as sete gerações do carro.
A mais célebre delas foi a terceira, de 1988, oficialmente chamada de 911 Carrera 4, mas imortalizada como Série 964. Ela tinha tração integral, câmbio Tiptronic e direção hidráulica.
A quarta geração (Série 993), a última com motor refrigerado a ar, ganhou frente reestilizada e teto de vidro na versão Targa. Na quinta (Série 996), o interior veio mais luxuoso e as luzes de seta foram integradas aos faróis.
Na Série 991, geração mais recente, de 2011, o carro ficou mais “parrudo”, com distância entre-eixos e rodas maiores.
O Porsche 911 vendeu mais de 820 mil unidades no mundo, tornando-se o esportivo mais longevo da história. Seu desenho se mostrou eterno: inspirou todos os lançamentos seguintes da marca, do Cayenne ao Panamera, e foi tão marcante que abreviou a vida do modelo 928 (1978-1995), originalmente criado para tomar o seu lugar.
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