Em 3 de janeiro de 1959 começava a produção nacional do Volkswagen Fusca. O modelo celebra 60 anos do início da sua produção local nesta quarta-feira (3). Ele tem uma série de curiosidades que fazem parte da história do País e da indústria automotiva no Brasil.
O modelo surgiu na Alemanha em 1935 e foi criado por Ferdinand Porsche. Ele foi um pedido de Adolf Hitler ao engenheiro. O então líder alemão queria que país tivesse carro popular e acessível ao povo.
A fábrica em que o Volkswagen Fusca brasileiro era produzido continua em plena atividade até hoje. É a planta localizada às margens da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).
Atualmente, a fábrica é responsável, entre outros modelos, pela produção do Polo e do Virtus.
Volkswagen Fusca nas ruas
Segundo o Detran de São Paulo, existem 827.202 unidades do Volkswagen Fusca registradas em todo o Estado. De acordo com o órgão, ele também é o carro mais colecionado – são 6.927 exemplares com placa preta. Essa placa é designada a veículos em perfeito estado de conservação e originalidade.
Dos exemplares com placa preta, 3.856 unidades estão na cidade de São Paulo. Em seguida vêm Campinas (193 unidades) e São Bernardo do Campo (167 unidades).
Números no Brasil
A produção ininterrupta do Volkswagen Fusca no Brasil foi de 1959 até 1986. Após esse período, em 1993, a pedido do então Presidente da República Itamar Franco, o carro voltou a ser fabricado.
O final definitivo do Volkswagen Fusca no Brasil ocorreu em 28 de junho de 1996, quando saiu oficialmente de linha. Para celebrar, ganhou uma série limitada batizada de Ouro, com 1.500 unidades.
A produção, porém, continuou até 2003, pois ele ainda era feito em Puebla, no México.
Ao todo, foram produzidos 3,3 milhões de unidades do Fusca no Brasil nos dois períodos. Até os anos de 1970, ele já havia atingido 1,5 milhão de exemplares – melhor época do modelo.
No mundo todo, foram 21,5 milhões de unidades, o que coloca o modelo como um dos mais vendidos de todos os tempos, ao lado de carros como Volkswagen Golf e Toyota Corolla.
Motores Volkswagen Fusca
No início, muitas das peças usadas na montagem do “besouro” no Brasil eram importadas, mas a Volkswagen conseguiu atingir um índice de nacionalização de 95% já em 1961. No mesmo ano, o modelo ganhou nova transmissão de quatro marchas, agora sincronizada.
Em 1967, a Volkswagen substituía o motor 1.200, de 36 cvde potência, pelo 1.300, que rendia 10 cv a mais. Em 1970 chegava a versão 1.500, de 52 cv, com freios a disco e bitola traseira mais larga.
A partir de abril de 1974, o carrinho passou a ser equipado com acelerador de duplo estágio, o que visava a economia de combustível. A maior novidade desse ano, porém, foi o lançamento do Super Fuscão, a versão com apelo esportivo do modelo, que era equipada com o propulsor de 1.600 cm³ de cilindrada. Com dupla carburação, ele rendia 65 cv e atingia 134 km/h de velocidade máxima.
Um ano depois, saiu de cena a versão 1.5 e surgiu o Fusca 1.300-L, ou versão luxo. Em 1981, o motor 1.3 chegou também na opção a etanol e, no ano seguinte, saiu de linha o propulsor 1.6.
Esse propulsor voltaria a equipar o Volkswagen Fusca em 1984. Isso após passar por modificações que o deixaram mais eficiente e econômico.
Novas gerações
O Volkswagen Fusca teve duas releituras modernas. Em 1998, a marca apresentou o New Beetle. Ele usava a mesma plataforma e motores de Golf e Bora. Sua produção durou até 2010.
Apresentado em 2011, já como modelo 2012, surgia o novo Beetle, a segunda geração moderna. Dessa vez, o carro adotaria um motor turbo 2.0 de até 211 cv. O câmbio era automatizado de seis marchas.
O nome seguiria a nomenclatura tradicional de cada país em que fosse vendido – como no original. No Brasil ele foi Fusca e no México, Vocho.
Na França, usava o nome Coccinelle. Sem sucessor, o novo Fusca saiu de linha no final de 2018. Houve série Last Edition nas versões cupê e conversível.