O laço vermelho vai se desfazendo lentamente na medida em que os olhos vão arregalando e, sim, o papel de presente desembrulhado revela o tão desejado carrinho de controle remoto, um Pegasus, feito pela Estrela até 1989, uma réplica de um BMW M1 que era febre entre as crianças mais carburadas. Aquela flecha de prata singrando o cimento áspero da garagem da casa do meu avô, onde eram celebradas as festas de Natal, é uma de minhas melhores lembranças infantis.
Mas houve um tempo em que remotas eram apenas as distâncias que se percorriam para caçar e sobreviver. É desta época o carro de brinquedo mais antigo do mundo, achado em uma escavação arqueológica em Kızıltepe, uma província da Turquia.
Feito de pedra e com rodas funcionais, o carrinho está exposto no Museu de Mardin e tem nada menos que 7.500 anos de idade. De acordo com o diretor de cultura e turismo da cidade, Davut Beliktay, a peça é uma cópia dos carros usados hoje e se parece muito com um trator.
E nessas idas e vindas do tempo, chegamos ao carro-drone v1, da empresa B. A engenhoca capaz de deixar qualquer menino grande ou não desejoso tem rodas normais de um carro de controle remoto, mas possui hélices de nylon e fibra de carbono como “aros” da rodas, quem fazem ele decolar.
Quem alimenta o carrinho em atividade por cerca de 15 minutos é uma bateria de 5.000 mAh. Assim como todo drone, o v1 traz uma câmera, que nele é capaz de filmar em resolução de 1280×720 em 30 frames por segundo, armazenadas em um cartão micro SD de 32 GB.
O legal destes três é ver que, independentemente da era que foram usados, eles sempre foram carrinhos. Há algum brinquedo no mundo que seja mais divertido que isso?
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