Estrela do estande da Yamaha no Salão Duas Rodas 2019, em novembro, o scooter XMax 250 finalmente está chegando ao mercado brasileiro. Posicionado como um produto premium, o novo modelo é montado em Manaus, tem motor de 250 cm³ e preço sugerido de R$ 21.990.
As primeiras unidades estão sendo entregues aos clientes que compraram o modelo por meio do programa de pré-venda, logo após o encerramento do evento paulista. Há três opções de cor – todas foscas: vermelha e azul (nesse caso os detalhes e rodas são pretos), e preta (com rodas douradas). O XMax é “irmão” do TMax 560. O maior scooter da Yamaha chegou a ser vendido no Brasil em 2014. Na época o motor tinha 530 cm³.
A configuração do XMax 250 oferecida no mercado brasileiro traz itens de série como chave presencial, partida do motor por meio de botão, freios com antitravamento ABS e controle de tração, que pode ser desligado. Além disso, o para-brisa tem ajuste de altura em 50 mm, dois porta-objetos localizados no escudo (um deles com travamento elétrico) e tomada de 12 Volts para recarregamento de dispositivos eletrônicos, como telefones celulares. Um dos destaques do XMax é o guidom, com ajuste de distância de até 20 mm. Esse sistema é comum em motocicletas, mas não em scooters.
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O painel de instrumentos traz uma tela digital no centro, na qual são projetadas várias informações. Velocímetro e conta-giros são analógicos e ficam nas extremidades. Com números grandes, o quadro oferece boa visualização durante a pilotagem. Essa característica é reforçada pela inclinação e a boa posição do conjunto.
O XMax herdou do TMax o visual com linhas que remetem à esportividade. No modelo oferecido no Brasil as proporções são mais comedidas – o estilo remete ao do NMax 160, versão mais simples do modelo. Outro item comum a todos os modelos da família Max são as luzes de LEDs. Mais eficientes que as convencionais, esse sistema é bastante útil sobretudo na condução noturna.
Sob o banco há um nicho com iluminação em que cabem dois capacetes abertos ou fechados (nesse caso, de tamanho médio – até 58). Dá para levar bolsas ou as compras do supermercado. A liberação das travas do banco e do tanque é feita por meio de um mecanismo que fica no centro do escudo. Para que o dispositivo funcione, a chave presencial deve estar por perto.
O XMax 250 tem motor monocilíndrico de 250 cm³, que gera 22,8 cv de potência a 7.000 rpm e 2,5 mkgf de torque a 5.500 rpm. O câmbio é automático do tipo CVT, de relações continuamente variáveis. O conjunto é bem acertado. O resultado são respostas ágeis aos comandos do piloto tanto na cidade quanto na estrada.
Para garantir melhor desempenho, os engenheiros da Yamaha otimizaram o ajuste da transmissão, uma vez que o sistema CVT foca o conforto em detrimento da esportividade. Em saídas de semáforo as arrancadas são rápidas e na estrada não falta fôlego para retomadas de velocidade, mesmo em subidas.
Levando apenas o piloto o XMax 250 mantém tranquilamente os 120 km/h em rodovias. Com garupa, a velocidade cai para 100 km/h, ainda uma boa média para um scooter. Em circuito misto (urbano e rodoviário), só com o piloto e rodando a 100 km/h, foi possível fazer média de 26 km/l.
A ergonomia do modelo é exemplar. A posição de pilotagem agrada e não causa desconforto para as pernas e nem para a lombar. Ponto para o assento com um ressalto que serve como um pequeno encosto e separa o piloto do garupa. Para quem vai atrás, o banco é largo e confortável. As alças nas laterais, bem posicionadas, servem para o garupa se segurar e para prender objetos como sacolas. O apoio para os pés tem duas posições. Uma mantém as pernas flexionadas a 90º. Na outra, que serve principalmente para quem tem pés pequenos, elas ficam esticadas para frente.
A suspensão é ideal para rodar sobre pavimento de boa qualidade. O acerto quase esportivo dá segurança para acelerar e encarar curvas fechadas, a despeito de as rodas serem pequenas. A da frente tem 15 polegadas e a da traseira, 14”. Sobre piso ruim o sistema sofre. A dianteira sofre mais, por causa do retorno muito rápido após o impacto com buracos. O conjunto de freios tem discos simples nas duas rodas. O dianteiro tem 267 mm de diâmetro e o traseiro, 245 mm. A capacidade de frenagem é maior do que a necessidade, mas, como a atuação é gradual, não compromete a segurança.
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Inscreva-seSegmento começa a crescer no País
O mercado de scooters no Brasil é menor que o de motos, mas não para de crescer. Em 2019, as vendas do setor representaram 8,9% do total, segundo dados da Abraciclo, associação que reúne a maioria das fabricantes
No ano passado, foram vendidos pouco mais de 96.500 scooters no País. Em 2018, a participação foi de 7%, com 67.183 unidades vendidas no atacado. Para comparação, em 2019 foram emplacadas 1.084.639 de motos. No ano anterior, as vendas somaram 957.764 unidades.
O aumento nas vendas de scooters ocorre sobretudo nos grandes centros urbanos. A praticidade e a economia proporcionada por esse tipo de veículo fazem dele uma ótima opção de mobilidade em comparação ao carro e o transporte público
Por anos o segmento de modelos premium ficou restrito ao Citycom 300. O Dafra, único que atendia quem buscava mais conforto e maior potência, reinou sozinho até a chegada de seu “irmão” HD 300, que tem mais espaço sob o banco. A concorrência, enfim, despertou e marcas como Honda e Yamaha, passaram a oferecer produtos no segmento (confira abaixo). Os rivais trazem itens sofisticados, como a chave presencial, que os scooters da Dafra não oferecem.
A expectativa das fabricantes é de que a participação do segmento no mercado brasileiro crescerá nos próximos anos. A marcas apostam que os consumidores buscarão cada vez mais produtos com motores maiores e alto nível de conforto. É assim na Itália, por exemplo, país em que os scooters de 300 cm³ se tornaram o principal meio de transporte urbano.
FICHA TÉCNICA – YAMAHA XMAX 250
Preço sugerido: R$ 21.990
Motor: 250 cm³, 1 cil., 4V, gas.
Potência: (cv) 22,8 a 7.000 rpm
Torque: (mkgf) 2,5 a 5.500 rpm
Câmbio: Automático, CVT
Tanque: 13,2 litros
Comprimento: 2,19 metros
Largura: 78 cm
Peso: 182 kg
PRÓS E CONTRAS
Desempenho
Respostas são boas tanto em arrancadas na cidade quanto ao retomar velocidade em estradas.
Suspensão
Sistema feito para rodar em pavimento de boa qualidade sofre muito sobre piso deteriorado.
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