BELISA FRANGIONE
A Audi RS2 Avant é um carro difícil de se ver por aí. Sua produção foi limitada a 3 mil unidades – destas, apenas 60 vieram para o Brasil. Isso tornou difícil a missão do engenheiro Rogério Arakaki, proprietário de uma dessas raras peruas alemãs. Ele procurava pelo modelo havia mais de dez anos, mas só conseguiu encontrar o seu em 2009.
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Continua depois do anúncioAraraki soube, em 2007, que havia um modelo 1995 à venda em Campinas, no interior de São Paulo. “Paguei R$ 82 mil por ela, mas é um carro difícil de se atribuir um valor. Por ser raro, acredito que a faixa de preço seja essa”, diz.
Feita com a colaboração da Porsche, a perua tem a aptidão esportiva típica dos Audi que trazem a sigla RS no sobrenome. Entre seus destaques estão os bancos tipo concha, formato que parece “abraçar” os ocupantes.
O motor cinco-cilindros gera 315 cv de potência e pode fazer com que a RS2 acelere da imobilidade a 100 km/h em apenas 5,4 segundos, conforme informações da fábrica. O câmbio é manual de seis marchas e os pneus têm medidas 245/40 R17.
Entre os itens de conforto e diversão a bordo estão direção e trio elétricos, teto solar, ar-condicionado digital e toca-fitas. Toca-fitas? Sim! Apesar de todo o luxo e esportividade, estamos falando de um carro produzido há quase 20 anos.
Desde que foi comprada pelo engenheiro, a perua virou seu “carro de viagem”. Araraki diz que, dos 12 mil quilômetros que rodou com o modelo, 9 mil foram em estradas. “Ela é econômica e muito potente. Ando a 100 km/h e o motor só sente um friozinho na barriga”, brinca.
Dá para sentir o tal frio na barriga quando a Audi arranca e vai ganhando velocidade. O corpo cola no banco e o ronco do motor impressiona. “Mesmo em arrancadas dá para manter a tranquilidade porque o carro não ‘canta’ pneu. Ele acelera forte e nem ‘pede’ trocas de marcha.”
A RS2 Avant foi produzida de 1994 a 1995. Das 60 unidades importadas da Alemanha, uma parte veio registrada apenas como Audi e outra veio com o nome Audi Porsche RS2, caso do modelo das fotos desta página. Estas, por terem “pedigree”, recolhiam valor de IPVA mais alto.