MARCELO FENERICH
Adria (Itália) – A MV Agusta Brutale 1090RR tem nome complicado e motorzão quatro-cilindros de 1078 cm³ que gera potência de 144 cv a 10.600 rpm e torque de 11,4 mkgf a 8.100 rpm. Apesar disso, a motocicleta italiana, que começa a ser vendida no Brasil em dezembro com preço sugerido de R$ 64 mil, se destaca por ser bem fácil de pilotar.
Até os menos experientes podem conduzi-la com uma boa margem de segurança. Mas não se trata de uma moto pacata.
Ela não tem respostas bruscas em baixas rotações, é verdade, mas mesmo com seus 190 kg, é rápida e ágil. Pode ultrapassar os 100km/h apenas com a primeira das seis marchas engatada e muda de direção sem esboçar grande resistência. Segundo informações da fabricante, essa Brutale chega a 265 km/h de máxima.
Assim como o acelerador, a haste do freio dianteiro requer delicadeza ao ser acionada. Se o piloto errar na dose, os dois discos de 320 mm (com pinça da Brembo) vão acabar travando a roda. Já o traseiro, com um disco de 210 mm, pode ser usado com mais vigor.
Por ser uma naked (sem carenagem), a Brutale tem boa ergonomia. Não é preciso “sentar no banco de trás” e nem deitar sobre o tanque para pilotá-la. O assento, a 83 cm do chão, permite a condutores de qualquer estatura encontrar a posição ideal de guiar e empunhar o guidom com firmeza.
Outro destaque é a sensibilidade do sistema de suspensão, com ajustes de amortecimento e de pré-carga. Na dianteira os garfos são invertidos e na traseira há até um reservatório de gás.
O formato das pedaleiras é o único ponto negativo. Por serem curtas, em pista molhada os pés acabam escorregando.
Viagem feita a convite da Dafra