MARCELO FENERICH
A chegada da XTZ 1200Z Super Ténéré, cujo sobrenome é bem conhecido no País, agitou o segmento de motocicletas big-trail. Tanto que a Honda prometeu uma rival de 1200 cm³ para 2012. De março até agora, a Yamaha vendeu mais de 200 unidades do modelo por aqui. Da líder no segmento, a BMW R 1200 GS, foram 367, de janeiro a agosto.
Tabelada a R$ 59.800, de cara a XTZ impressiona pelo porte. O tanque de 23 litros, o assento, que pode ter entre 84,5 e 87 cm, e os 261 quilos chegam a intimidar. Basta acelerar para o motor, de dois cilindros, 1.199 cm³ e duplo comando de válvulas, mostrar sua “agressividade”.
E não é para menos. O propulsor gera potência de 110 cv a 7.250 rpm e torque de 11,6 mkgf a 6.000 rpm.
Ele é um pouco barulhento, mas responde quase que instantaneamente. Conforme o giro aumenta, a Super Ténéré vai ficando mais dócil.
A moto roda tranquilamente a 120 km/h abaixo de 4.000 rpm. Há bastante força para ultrapassagens e acelerações.
É possível escolher como será a entrega da potência girando um botão no painel. No modo “Touring” o comportamento é mais suave. No “Sport”, a big trail fica arisca.
Bem acertadas, as suspensões praticamente ignoram as imperfeições do piso.
Outro sistema que se destaca é o de freios combinados. Ao pressionar o manete do dianteiro, o traseiro também é acionado. O controle de tração, que só pode ser alterado com a moto parada, também é bastante eficaz.
No primeiro nível, o recurso tenta evitar as derrapagens a todo o momento. O segundo é menos “intrometido”. Dá para desligar o sistema, mas nesse caso o piloto precisa ficar bem atento.