O futuro incerto do Fiat Mobi

Mobi não vingou no mercado como outros projetos novos da Fiat e tem futuro um tanto indefinido, sem previsão concreta de nova geração

Fiat Mobi Crédito: Crédito: Fiat/Divulgação

Quando o Fiat Mobi foi lançado em abril de 2016, ele foi apresentado pela marca como um projeto de mobilidade para as cidades, que incluiria o carro e outras plataformas. Mobi, inclusive, é abreviação de mobilidade. Pela festa de lançamento feita, quantidade de celebridades presentes e teor da apresentação, o sucesso era uma certeza. Mas a Fiat esqueceu de combinar com o russos.

O carro não foi um sucesso de crítica, não caiu nas graças do consumidor e não apresentou a plataforma de mobilidade revolucionária que prometia. Resultado: no ano passado, foi apenas o décimo segundo carro mais vendido do Brasil com 49.491 unidades entregues. Ficou atrás até do Argo, que custa o dobro e foi parar em 63.011 garagens.

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Justamente por isso, não se fala nada até agora de uma nova geração do carro. Há algumas informações de que um novo Mobi poderia ser lançado só em 2024, usando a plataforma MP1, a do Argo. Isso, por si só, já mostra que o subcompacto viraria outra coisa. E mesmo assim, oito anos depois de sua primeira aparição, o que é um tempo muito elevado.

É bastante curioso pensar em como a Fiat acertou ao fazer a Toro, Argo e Cronos, e errou tanto com o Mobi. Não só no produto, mas na estratégia de chegada de motores – o 1.0 três cilindros chegou seis meses depois em só uma versão -, sistemas multimídia oferecidos e por aí vai.

Não há muita salvação para o Mobi, que seguirá na Fiat como o Fox segue hoje na Volkswagen e o Fiesta na Ford. Um carro meio sem propósito, que está lá apenas para cumprir tabela e porque o projeto já foi pago.


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