Para o Uber, ter um carro faz não sentido. Pelo menos este é o foco da nova campanha publicitária do aplicativo de transporte, que sugere que as pessoas os vendam. Até um site chamado pesodoseucarro foi criado para que as usuários calculem quanto ter um veículo pesa no orçamento.
O cálculo leva em conta diferentes variáveis, como o valor do carro, a distância percorrida diariamente, gastos com manutenção, seguro, IPVA e combustível. É envolvido até o aspecto emocional da coisa.
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Continua depois do anúncioNa ponta do lápis, fica mesmo difícil defender o carro como meio de tranporte. A desvalorização é grande, o preço de aquisição é muito alto e o do combustível também. Isso sem falar nos juros das prestações e seguro cada vez mais alto por conta da situação caótica de segurança das grandes cidades brasileiras.
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Mas há o conforto também. De pegar o carro a hora que quiser e ir para qualquer lugar sem calcular nada. De pode pingar em mil lugares diferentes sem ter que dar bom dia para 10 motoristas distintos. Poder dar aquele beijo animado esperando o semáforo abrir sem ter ninguém olhando pelo retrovisor. Todos aspectos emocionais, confesso, mas como eu disse, não há mais razão em se ter um carro. Financeira não.
Vendam seus carros. Ou não!
Mas será que a razão tem mesmo que vencer sempre. Para o Uber, parabéns, a campanha é brilhante e fez até eu, um apaixonado por carros, refletir sobre o assunto. Eu não vejo o carro como um mero meio de transporte, nem nunca verei. Mas sou cada vez mais exceção. Se você, assim como o Uber, acha que as pessoas não precisam mais ter carros, venda mesmo, faça as contas e venda. Será vantajoso para você. Já eu vou gostar de rodar nas ruas cada vez mais vazias, cheias de carros compartilhados.