Volkswagen pede a conta do Dieselgate e vai pagar com SUVs

Depois do escândalo de emissões, Volkswagen não pode errar e acerta em inundar o mercado com SUVs

Volkswagen Taigun Crédito: Crédito: Volkswagen

A Volkswagen traçou há alguns anos o plano de ser a marca de automóveis mais vendida no mundo, superando a Toyota. Tinha tradição, peso e produtos para isso. Mas, mais do que isso, tinha pressa. Essa pressa levou ao Dieselgate, o escândalo mundial de emissões dos motores a diesel do grupo. Ele varreu executivos e inundou os escritórios da fabricante de notícias ruins e multas. Isso foi no ano passado, ontem no planejamento corporativo de longo prazo.

Por isso, a Volkswagen, depois de juntar os cacos gigantes de sua estrutura, não podia mais errar. E não errar hoje no mercado mundial de veículos é produzir SUVs. A marca, que não tinha nenhum representante nos segmentos compacto e médio, agora terá nestes e em todos os outros. Pense em um segmento automotivo existente que o Grupo Volkswagen terá um SUV lá agora ou planejado para os próximos dois anos. Prova disso é o Lamborghini Urus.

Cinco SUVs estão para chegar para pagar a conta do Dieselgate

Tenho alguns nomes para você: Atlas, Tiguan Allspace, T-Cross, Tarek e T-Track. Guarde eles, porque são estes os novos utilitários que a Volkswagen vai lançar no Brasil até 2020. Sim, isso mesmo, cinco SUVs em praticamente todos os segmentos importantes do País. Assim, a VW, que ficou na terceira posição do ranking brasileiro de vendas em 2017,  já espera se manter à frente Fiat e ficar na segunda posição ainda este ano. E passar a Chevrolet em 2020. Com tantos SUVs assim na lista, eu não duvido.

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Não vou explicar todos eles, nosso repórter José Antonio Leme já fez isso aqui. Mas queria falar especialmente de um, o T-Track. Ele virá para brigar com o Honda WR-V e também com os aventureiros como o Chevrolet Onix Active e o Ford Ka Freestyle, que também vem por aí.

Só que ele não será uma variação de carroceria ou um modelo mais intermediário, ele será mesmo um SUV pequeno, talvez o primeiro legítimo deste segmento, em desenho pelo menos. É isso que alguns executivos da marca afirmam que será o diferencial do carro. Junta-se isso ao excelente motor 1.0 Turbo da marca e surge aí um produto capaz de dominar o mercado de entrada.

No fim, então, fica a pergunta: terá sido o Dieselgate uma coisa boa para a Volkswagen, afinal?


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