As melhores classes executivas

Blogs faz segunda edição de ranking de classes executivas de companhias aéreas

Em 2015, formulei um ranking com as melhores classes executivas nas quais já voei (leia aqui). Agora, volto a fazer essa listinha, pois, desde então, a maioria das companhias reformulou suas “business class”.

(No Instagram: @primeiraclasse_estadao)

Até por isso, deixarei de fora desta vez a TAP. Faz tanto tempo que não voo com a companhia que não tenho mais base para avaliar. Excluo também a Iberia. Não voei em aeronaves da companhia desde que a configuração da executiva passou por upgrade.

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O ranking é bastante útil porque mostra as companhias sul-americanas, norte-americanas e europeias, que são as mais usadas pelos brasileiros. Em outras listas, as do Oriente Médio e da Ásia em geral sempre vão muito bem, mas os destinos não são tão populares entre os viajantes do País.

De todo modo, desta vez há uma asiática na lista. E uma africana.

Adotei critérios semelhantes aos do ranking anterior. Mas, desta vez, o quesito mais importante é o comodidade, mais amplo que apenas as poltronas. Ele inclui também a qualidade do entretenimento de bordo, a qualidade e a quantidade de banheiros, o kit de amenidades, entre outros aspectos.


O segundo quesito em ordem de relevância é o atendimento em terra e a bordo. O terceiro, salas VIPs e o quarto, serviço de bordo.

Desta vez, deixei a experiência de imigração de fora. Uma companhia não é responsável pela maneiro que um país recebe seus visitantes. Mas levei em consideração a comodidade de uma companhia oferecer filas exclusivas para os passageiros da executiva no raio-X e na imigração. Isso passa a fazer parte do segundo item em ordem de relevância, atendimento em terra.

Vale uma observação. Algumas companhias utilizam configurações diferentes em suas “business” pelo mundo, conforme a idade da aeronave e o país de origem/destino. O Brasil nem sempre recebe as melhores configurações. Vou considerar apenas as aeronaves e configurações que já experimentei.


À lista, então.

 

(Fotos: Rafaela Borges)

1 – Air France


A briga pelo pódio entre franceses e ingleses foi acirrada. No fim, o que pesou para a Air France foi a gastronomia a bordo. É alta gastronomia, eu diria. A interpretação dos cardápios, com pratos explicados pelo chefe como em um menu degustação, é complicada, e não há cardápio em português. Mas a qualidade das “guloseimas” a bordo compensa tudo. A sala VIP também é um capítulo à parte. São vários ambientes: para socializar, comer, beber, descansar, apreciar a paisagem da pista. Há até spa da marca premium Clarins com tratamentos gratuitos. Algo incrível para quem está em conexões longas. E, agora, a comodidade: as poltronas são confortáveis, espaçosas, viram camas e, principalmente, garantem muita privacidade. A configuração do Boeing 777 (de São Paulo a Paris, e vice-versa) é 1-2-1 no desenho espinha de peixe. Mas mesmo quem vai nos do meio não precisa ter contato com o passageiro do lado, se estiver viajando sozinho. Cortinas de fácil remoção garantem essa comodidade. O kit de amenidades é repleto de produtos da Clarins, e há uma diversidade ainda maior nos banheiros, amplos e modernos. Os passageiros também ganham chinelos! E há filas exclusivas para passageiros da executiva no raio-X e na imigração, em Paris.

Leia mais aqui.

 


 

(Foto: British Airways)

2 – British Airways

Está explicado acima: o que diferencia a British da Air France é a gastronomia a bordo. Não que a da inglesa seja ruim, mas a da francesa é insuperável. De resto, a British continua igual à descrição de 2015: muita comodidade a bordo, atendimento impecável em terra e ar, poltronas que viram confortáveis camas… Uma ótima experiência. O voo é São Paulo-Londres, e vice-versa. Confira mais aqui.


3 – Swiss

É uma configuração incomum. Em algumas fileiras, é 1-2-1. Em outras, 2-2-1. Isso tira um pouco de ponto da companhia suíça, pois compromete a privacidade de quem está viajando sozinho e quer ir na janela. Fora isso, a companhia é impecável, e tem o melhor serviço de bordo entre todas as avaliadas. A qualidade das refeições não é tão boa quanto a da Air France, mas a maneira de servir é única. Alguns pratos e sobremesas são montados na hora por comissários muito bem treinados. As poltronas viram camas, são confortáveis, mas passageiros mais robustos podem se sentir um pouco apertados. A gentileza dos comissários e dos funcionários de terra é outro destaque. O voo é São Paulo-Zurique, e vice-versa.

 


4 – KLM

A holandesa e a Lufthansa têm quase um empate técnico. As configurações são iguais: 2-2-2. Isso é ruim para quem viaja sozinho e, aqui, ponto para a Air France. Nas aeronaves 777 que fazem a rota São Paulo-Amsterdã, e vice-versa, há uma cortina mais eficiente que a da alemã para garantir privacidade. Mas o que contou mesmo a favor da KLM foi a gentileza. Não o serviço de bordo especificamente, e sim a gentileza da tripulação e dos funcionários que fazem o atendimento em terra. A holandesa é insuperável nesse quesito. O sistema de entretenimento também é o melhor. Como na Air France, dá para ver duas coisas diferentes: um no tela e um no dispositivo remoto, que parece um smartphone. Só que o monitor da holandesa é maior e tem melhor definição.


Leia mais aqui.

 

(Foto: Lufthansa)

5 – Lufthansa


A alemã opera voos diários com o Boeing 747, de São Paulo a Frankfurt (e vice-versa). Além disso, faz o trecho São Paulo-Munique e vice-versa no Airbus A340. Nas duas, a configuração da classe executiva é a mesma, 2-2-2. As poltronas viram camas flat-beds e o sistema de entretenimento tem grandes telas sensíveis ao toque, com algumas opções de filmes dublados em português. A sala VIP da Star Alliance (aliança do qual a empresa faz parte) em Guarulhos é a melhor, mas  as da executiva (a da primeira classe é separada) de Frankfurt e Munique não são nada demais. A vantagem em Frankfurt é que cada portão tem sua própria sala VIP. Delas, os passageiros já embarcam diretamente na aeronave. Nos aeroportos, há prioridade para os passageiros da executiva no raio-X, mas, em Frankfurt, isso não ajuda muito. Ao menos até o ano passado, havia apenas três scanners (tecnologia usada em diversos países do Hemisfério Norte) no terminal que faz os voos para o Brasil. As filas ficam tão grandes que ninguém respeita essa prioridade. Os passageiros da econômica invadem a fila destinada à executiva, e nem adianta reclamar. Os funcionários do aeroporto parecem ser a favor dessa atitude. Então tá.

Leia mais aqui.

 


 

6 – Korean Air


Infelizmente, deixou o Brasil no ano passado, e só por isso não está mais bem colocada nessa lista. Fazia, até então, São Paulo – Seul com escala em Los Angeles (e vice-versa). Eu voei apenas até a cidade norte-americana, e, apesar de o Airbus A330 ter uma configuração 2-2-2, e não muito moderna, foi um dos melhores serviços que já experimentei em uma companhia aérea. Do check-in à entrega de bagagem, passando pelo atendimento a bordo, tudo é rápido, eficiente e feito com extrema gentileza. Já entre os pontos negativos, o principal é o sistema de entretenimento, com poucas opções no geral, e menos ainda dubladas em português (legendadas, então, sem chance).

Leia mais detalhes aqui.

 


(Foto: Latam)

7 – Tam (Latam)

A Tam virou Latam, em união com a Lan, e as executivas são bastante variadas, dependendo da aeronave (Boeing 767, 777 ou 787). Minha avaliação é do 777, nos trechos de SP para Paris e Frankfurt. A configuração é a mesma: 2-3-2. Isso mesmo!!! Ainda existe 2-3-2, minha gente. É que a Tam reformou suas antigas aeronaves, com assentos que se inclinavam no sistema que chamamos de “tobogã” (pernas para baixo e desconforto total), e conseguiu ampliar o espaço e quase transformar essas poltronas em camas flat-beds, quando inclinadas. O conforto melhorou demais, principalmente porque o assento é um dos mais largos do mercado. Também merece destaque o sistema de entretenimento, até porque, evidentemente, quase todos os filmes têm legenda em português. Eu gosto do atendimento da Tam, mas acho que é porque é mais fácil lidar com pessoas do nosso país, que falam nosso idioma e entendem nossa cultura, né? No geral, ele é um inferior ao das companhias europeias.

Leia mais detalhes aqui.


 

8 – South African Airways


Se a viagem fosse minha ida a Joanesburgo, a SAA estaria brigando pelo topo do ranking. Airbus A330 com a novíssima executiva (1-2-1), confortável, com ótimos entretenimento e privacidade. O serviço a bordo também foi bom e repleto de gentileza. Em terra, não. O problema da SAA foi a volta, de Joanesburgo a São Paulo. A   aeronave era um A340 velho, com configuração 2-2-2. E o serviço a bordo foi o pior de todos os tempos. Ficou uma impressão muito ruim.

Leia mais aqui.

9 – Delta


A configuração da aeronave, um 767, é igual à do A330 da SAA, mas em versão menos moderna, principalmente no sistema de entretenimento. Há conforto e muita privacidade, mas o problema da Delta é o mesmo de outras americanas: serviço ruim, com funcionários pouco dispostos a colaborar. Meu voo foi de São Paulo a Detroit, e vice-versa (a Delta também tem voos diretos para Miami e Nova York). Ah, as poltronas viram camas flat-beds, e há ampla opção de ajustes. Os mais robustos reclamam do espaço, considerando-o um pouco apertado.

 

 


10 – American Airlines

A avaliação não mudou em relação à feita em 2015 (leia aqui), mas a empresa perdeu muitas posições. Primeiro, porque a concorrência se modernizou. Além disso, são constantes as queixas de brasileiros sobre dias e dias de espera no aeroporto de Dallas. Por causa de excesso de carga horária da tripulação, os voos são cancelados, e os passageiros passam dias na cidade norte-americana sem saber quando vão conseguir voltar. Para passar por isso, nem mesmo o extremo conforto oferecido pela executiva da AA no Boeing 787 (São Paulo-Dallas-São Paulo) vale a pena. Em outras rotas, como entre São Paulo e Nova York e Miami, a aeronave é o 777-300.


 

11 – Copa Airlines


Só vale se for mais barata, o que nem sempre acontece. Quem chega ao Boeing 737 (mesma aeronave com que a Gol opera voos locais) esperando uma executiva de verdade vai se decepcionar. A configuração é 2-2, e a poltrona se reclina a 90°, no máximo. Além disso, o encosto para os pés poderia ser um pouco mais alto. O serviço não tem variedade. No meu voo para Cancun, com conexão no Panamá (hub da Copa), havia as mesmas opções no cardápio nos quatro trechos voados. O entretenimento também não tem muitas opções (no máximo uns dez filmes), e o sistema é antigo. Mas, ainda assim, a business da Copa oferece mais conforto que qualquer econômica. E o Panamá é uma boa conexão para chegar aos EUA e Caribe.

Leia mais aqui.

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