Polo faz Onix e HB20 parecerem pré-históricos

Volkswagen Polo chegou com tanta tecnologia que parece ser carro de segmento superior

Novo Volkswagen Polo Crédito: Painel virtual configurável não fica devendo ao de modelos de luxo da Audi (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)

Nos comentários sobre o comparativo entre o novo Volkswagen Polo e o Fiat Argo no Facebook do Jornal do Carro, muitos seguidores escreveram: mas eles não são concorrentes. São sim. Polo e Argo são semelhantes em dimensões, lista de equipamentos, versões de motor… E preços.

E não apenas o Argo é concorrente do Polo. Também são rivais o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20, para citar os mais importantes. É com esses carros que o novo Volkswagen veio brigar. E, como trata-se do maior segmento em volume de vendas no Brasil, a meta da marca é ambiciosa: pelo menos o quinto lugar no ranking de emplacamentos.

Após a primeira experiência com o Polo, fica a convicção: se depender da qualidade do produto e da estratégia de preço adotada pela marca, o Polo vai triunfar. Porque, ao contrário do que todos imaginaram que iria ocorrer, o novo carro não é caro.

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Finalmente a Volkswagen adotou uma estratégia decente de preço. A marca é conhecida por cobrar mais que as outras por seus produtos. Desta vez, ele até custa um pouquinho mais que alguns rivais. Bem pouquinho. Um pouquinho que vale cada centavo. Por quê? Porque o novo Volkswagen Polo faz o Onix e o HB20, líderes do Brasil, parecerem carros jurássicos. Pré-históricos mesmo.

 

O QUE FAZ O NOVO VOLKSWAGEN POLO BRILHAR


No comparativo que está no link da primeira linha deste post, você poderá conferir: nas versões com motores mais fortes, os preços de Argo e Polo são próximos. No caso das configurações completas, com todos os opcionais, o Argo fica até mais caro.

Mas que fique claro: o Polo não chega a fazer o Argo parecer pré-histórico. O carro da Fiat é bom: elevou o padrão do segmento e de sua própria montadora. O da Volks, porém, vai muito além. Ele chegou para mudar todas as referências da categoria.

Para começar, o carro tirou nota máxima nos testes de segurança – algo que o líder Onix, nesta geração ao menos, jamais conseguirá. De série, ele vem com quatro air bags em todas as versões. Além disso, seus motores 1.0 (aspirado e turbo) estão entre os mais econômicos do Brasil.


No entanto, é a plataforma do Polo, a MQB-0A, seu maior destaque. Essa plataforma global, usada em muitos modelos do Grupo Volkswagen em todo o mundo, permite soluções com as quais outros modelos desse segmento nunca nem sonharam.

Os sistemas de controle de estabilidade e tração vêm com bloqueio de diferencial. A segurança ativa inclui tecnologia que evita que, após uma primeira batida, que o carro sofra um segundo impacto.

A conectividade é um capítulo à parte. O painel central tem uma imensa e interativa tela multimídia, capaz de reproduzir aplicativos de todo tipo de smartphone. Sensível ao toque e muito intuitiva, ela ajuda a central multimídia já ser considerada a melhor em modelos até R$ 100 mil – e superior até à de carros com preços acima disso.


O painel virtual configurável é coisa que achei que fosse demorar pelo menos cinco anos para ver em veículos do segmento de hatches compactos. Afinal, nem os sedãs médios e os utilitários compactos têm ainda esse sistema – o Civic o traz, mas os elementos virtuais são apenas parciais.

Você escolhe o que quer ver em destaque: velocímetro e conta-giros, mapas do GPS, informações da central de entretenimento. E por aí vai. Tudo é alterado de maneira muito simples, por meio de um botão que fica do lado direito do volante.

Isso sem falar na sofisticação da dirigibilidade, na eficiência do motor 1.0 turbo da versão de topo, no excelente câmbio. Bem, eu poderia ficar aqui o dia todo enumerando os atributos do Polo, mas você pode ler os outros aspectos no já citado comparativo.


E, claro, ele tem defeitos sim. O principal é o acabamento. Os plásticos duros utilizados são de uma pobreza absurda. Não estão à altura de um carro tão moderno e tecnológico.

 

E OS PREÇOS?


Descartemos a versão Joy do Onix. Ela não compete com os carros aqui citados, e sim com o Gol, mais barato. Sendo assim, o Onix que concorre com esses modelos começa na versão LT 1.0, a R$ 46.390.

Completo, o Onix é o que tem o preço mais vantajoso do segmento, cerca de R$ 65 mil. Porém, sua lista de itens não é superior à do Polo Highline sem opcionais, por R$ 69.190.

E quem não quiser a Highline pode ter o mesmo conjunto mecânico (motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas) na Comfortline, a R$ 65.190.


No caso do HB20, são R$ 43.300 na versão de entrada. Esse é o único caso, entre os três, em que o preço realmente faz a diferença – a favor do Hyundai. Isso porque o Polo parte de R$ 49.990.

 

Veja mais: detalhes da galeria

 


 

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