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Barra de proteção lateral será obrigatória
Legislação

Barra de proteção lateral será obrigatória

Projeto de Lei 307/2008 vai passar por análise da Câmara dos Deputados para ter validade

17 de nov, 2014 · 3 minutos de leitura.

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 Barra de proteção lateral será obrigatória
Teste de impacto feito com o Volkswagen Golf

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma alteração no Projeto de Lei 307/2008, que inclui a obrigatoriedade das barras laterais nos veículos comercializados no País. Atualmente, todos os automóveis vendidos no Brasil contam com este recurso que protege os passageiros em caso de impactos laterais, ou seja, a decisão chega um pouco atrasada.

As barras estavam dentro do Projeto de Lei 307/2008 que obrigou os carros a saírem com air bag para motorista e passageiro, freios ABS, encosto de cabeça e cinto de segurança, aprovado no início deste ano. Porém, o item foi retirado no fechamento da aprovação.

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O texto original denominava a obrigatoriedade para “barras de proteção lateral”. Com a alteração, o recurso passou a se chamar “dispositivo de proteção contra impactos laterais”. Na Europa e nos EUA, todas as fabricantes são obrigadas a apresentar o resultado do teste de impactos laterais, mas nenhuma lei determina o uso de barras laterais. No Brasil, o teste de impactos na lateral do veículo é facultativo.

Para ter validade, o texto ainda terá que passar por análise da Câmara dos Deputados, isso se não houver recurso para que ele seja votado também no plenário do Senado.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.