Meu Cobalt tem 24 mil km e a bomba de combustível pifou, deixando-me na rua. Venho reclamar da má qualidade dessa peça, que deveria ter maior durabilidade. Gastei cerca de R$ 650, fora a mão de obra. E se o problema tivesse ocorrido no meio de uma viagem?
Eduardo Garcia Freitas, CAPITAL
Chevrolet responde: o caso foi solucionado.
O leitor diz que a marca não lhe devolveu o valor gasto com a peça nova, pois a garantia não previa a substituição de bomba de combustível com defeito.
Advogado: além da garantia contratual, a montadora está sujeita à garantia legal, pela qual responde pela qualidade do produto durante o tempo de vida útil das peças. Se puder comprovar que o dano à bomba de combustível é incompatível com a baixa quilometragem do veículo, o consumidor pode pleitear o ressarcimento do valor gasto com a reposição do item.
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DODGE JOURNEY
Problemas com a garantia
Meu Journey veio de fábrica com vibração no freio. Na concessionária, alegaram que era uma rebarba na pastilha que se desgastaria com o uso, eliminando o problema. Próximo à data da revisão, a vibração estava pior e a suspensão dianteira fazia barulho. Apontei os problemas à autorizada e, antes de me devolver o carro, o consultor disse que havia alinhado as ondulações da pastilha, resolvendo o problema. Mas a vibração no freio havia apenas diminuído e a suspensão continuava ruidosa. Relatei os problemas à concessionária e recebi orçamento de R$ 14 mil para troca de discos e pastilhas. O gerente disse que havia sido feita uma gambiarra nos discos e, por isso, eu havia perdido a garantia das peças, que deveriam ser trocadas. Expliquei que a intervenção havia sido feita na revisão, e trocaram as peças do freio em garantia. Quanto à suspensão, alegaram que bastaria lubrificar e reapertar, mas o ruído persistiu. Voltei à autorizada e, dessa vez, quiseram cobrar R$ 24.290 para trocar a caixa de direção, coxins e amortecedores. Novamente expliquei que o carro estava na garantia. Alguns dias depois, veio novo orçamento com “desconto VIP”, no valor de R$ 13.731. Repeti que o carro estava na garantia, mas alegaram que o reparo não poderia ser feito sem ônus, pois uma das revisões havia sido feita com 60 dias de atraso. Mas em nenhuma das inspeções disseram que o prazo estava vencido. De que adianta fazer as revisões se a marca não honra a garantia?
Carlos Eduardo Gomes, CAPITAL
Jeep responde: em dois reparos, foram trocados amortecedores, calço e coxim da suspensão e caixa de direção, todos em garantia. Depois disso, o cliente não voltou à rede autorizada.
O leitor não nega as informações da marca, mas diz que o carro só ficou bom depois que ele foi a uma oficina independente e trocou a bucha e a barra estabilizadora, por R$ 1.900.
Advogado: durante a garantia, os reparos só não devem ser feitos sem ônus nos casos, comprovados, de mau uso do veículo ou fim da vida útil da peça. Fora dessas situações, se o consumidor teve de consertar o carro por conta própria, em razão do atendimento deficiente da montadora, o gasto deve ser ressarcido.
VW UP!
Ruído ao baixar o vidro do motorista
Notei um ruído estranho na porta dianteira esquerda de meu Up! quando se baixa o vidro. Na segunda revisão, pedi que fosse feito o reparo. O consultor da autorizada disse que era preciso trocar a guarnição e que o serviço, já aprovado em garantia pela montadora, seria feito assim que as peças chegassem. Três meses se passaram e, segundo o funcionário, os componentes ainda não vieram da fábrica.
Andreia Yoko de Moraes, CAPITAL
VW responde: o veículo foi reparado e entregue à cliente.
A leitora confirma a informação.
Advogado: a montadora é obrigada por lei a manter peças à disposição dos consumidores, que não devem ficar à espera de uma solução por prazo indefinido. Em caso de falta de previsão para chegada dos componentes, o consumidor pode fazero serviço em uma oficina idônea e, posteriormente, pedir que a montadora faça o reembolso das despesas.
Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com