Se os pets são parte da família, é natural que sejam incluídos nos passeios. Levá-los no carro exige cuidados para mantê-los bem e evitar multas.
Muitos donos levam seus pets soltos dentro do veículo, no colo ou com o focinho para fora da janela. Isso é muito perigoso e deve ser evitado.
Pets soltos podem se empolgar ou se assustar, atrapalhar o motorista e até saltar para fora do veículo. Em frenagens bruscas há risco de serem arremessados, machucando-se e ferindo os passageiros.
O Código de Trânsito Brasileiro proíbe que o animal seja levado à esquerda do motorista, no colo ou em partes externas, como caçamba e teto.
Quem não respeitar a lei comete infração grave, com multa de R$ 195,26 e cinco pontos no prontuário. Pet que viaja com o focinho para fora e toma vento na cara pode desenvolver otite, conjuntivite e ter ressecamento das córneas.
Há acessórios à venda no mercado que garantem a segurança dos pets. Os mais conhecidos são as caixas de contenção, que podem ser acomodadas no banco traseiro e presas pelo cinto de segurança.
Os bichos logo se acostumam e não sentem desconforto – a maioria viaja dormindo. O importante é que o modelo escolhido tenha espaço para que o pet possa ficar de pé e girar 360 graus.
Se for menor que isso, a caixa limita os movimentos e incomoda; se for muito grande, expõe o animal a risco em caso de freadas e movimentos bruscos.
Conforme o porte do animal e o tamanho do veículo, outras opções podem ser mais indicadas, como bolsas, cintas e cadeirinhas (confira abaixo).
Estradas exigem atenção com os pets
Viagens longas exigem precauções extras, já que o bicho ficará confinado por um tempo maior que o habitual. Com um pouco de treinamento dá para habituá-lo e reduzir o estresse.
Ao oferecer uma recompensa, como um biscoito, você fará com que o bichinho deixe de perceber a situação como algo desagradável. Uma sugestão é fazê-lo buscar o “presente” dentro da caixa de transporte.
Quando viaja de estômago cheio, o pet fica mais propenso a enjoos. O ideal é alimentá-lo três horas antes de sair e depois disso deixá-lo em jejum, salvo se a viagem superar 12 horas. Para hidratá-lo durante o percurso, nada de água: o melhor é oferecer gelo para ele lamber.
Muito cuidado com qualquer tipo de sedativo. Esses remédios mexem com a respiração e os batimentos cardíacos e podem provocar problemas sérios. Por isso, devem ser indicados por um veterinário – de preferência que conheça o histórico do animal – que saberá ministrar a dose adequada.
Os cães precisam de paradas a cada duas ou três horas para reduzir o desgaste da viagem. Prefira locais como postos de combustível, onde ele possa beber água e fazer suas necessidades. Se ele estiver dormindo não é preciso parar.
Já os gatos não devem sair do carro, pois podem se assustar e fugir – uma caixa com areia sanitária e água dentro do veículo é tudo de que eles precisam.
Escolha o acessório ideal
CADEIRINHA
É um cercadinho de lona acoplado a um suporte parecido com o de cadeiras de bebê, instalado no banco traseiro. É a solução mais harmoniosa para pets do ponto de vista estético. Indicada para cães de pequeno e médio porte, com peso de 10 a 12 kg.
CAIXA DE CONTENÇÃO
Algumas têm grades que separam o bicho do assoalho, evitando que ele se molhe ao urinar. As melhores possuem trava de segurança na lateral e alça para transporte. Muito prática, garante proteção em viagens longas.
CINTA
Espécie de guia ou coleira que prende o bicho pelo peito, com uma fivela acoplada ao cinto de segurança. Ocupa pouco espaço, protege em frenagens e manobras bruscas e não deixa o pet confinado. Barata, pode ser usada em cães grandes.
BOLSA DE TECIDO
Adapta-se a espaços menores. Tem dupla função: basta abrir o zíper e dobrar a aba para dentro, e ela se transforma em casinha. Contraindicada para os que enjoam, pela dificuldade de limpeza, é a melhor solução para gatos, que se aninham facilmente. Telas garantem a ventilação.