TEXTO: LUIZ GUILHERME GERBELLI
FOTO: TIAGO QUEIROZ/AE
Manter um carro novo e pouco utilizado custa, em média, R$ 14 mil por ano no Brasil, segundo cálculo do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Samy Dana. Há alternativas que podem ajudar a reduzir os gastos. O aluguel – combinado com o uso de transporte público – e o compartilhamento de carros, serviço disponível em São Paulo, estão entre as opções.
Especialistas alertam que, no longo prazo, alugar um carro todos os dias não é vantajoso, porque o custo anual seria superior ao de manter um veículo sem uso na garagem. Mas ao unir o aluguel com o uso de transporte público (metrô ou ônibus), a economia chega a R$ 3 mil, já que o custo anual ficaria em R$ 11 mil.
“É uma opção vantajosa, apesar de sabermos que o conforto não é o mesmo”, diz Dana. Na avaliação de Mauro Calil, especialista em finanças pessoais, para as famílias tradicionais – casal com dois filhos pequenos -, a necessidade de um segundo carro pode ser questionada em 80% dos casos. “O terceiro carro, quase ninguém, nesse cenário, precisa ter”, diz. Para ele, não é vantajoso abrir mão do primeiro carro. “É o tipo do gasto que é necessário numa emergência.”
Casado e sem filhos, o fotógrafo Leonardo Costa Tostes, que mora em Belo Horizonte, optou pelo aluguel no ano passado, quando decidiu vender seu veículo. Enquanto escolhia um novo, fez as contas e percebeu que, se fosse a pé ao trabalho e alugasse um carro, poderia economizar R$ 3 mil por ano. “Moro perto do centro e, se tenho urgência, uso táxi. Não pretendo comprar um veículo novo tão cedo. ”