Meu Prisma tem 14 mil km. Ele saiu da concessionária com a porta traseira direita desnivelada e fazendo um barulho estranho quando eu girava o volante. Pouco depois, o para-barro dianteiro direito, que reveste a caixa de roda, trincou e caiu. Voltei à autorizada para os devidos reparos e o carro me foi devolvido no mesmo estado. Prometeram entrar em contato comigo, mas oito meses se passaram, e nada. Na última revisão, a GM negou os serviços em garantia, sob a alegação de que houve desgaste natural das peças.
Guilherme Oliveira Barbosa
DIADEMA (SP)
Chevrolet responde: o veículo foi reparado e entregue ao cliente em condições normais de uso.
O leitor diz que, na autorizada, apenas solucionaram o desnível da porta traseira. A troca do para-barro foi condicionada à aprovação de orçamento, com o qual ele não concordou.
Advogado: o carro novo não deveria ter sido entregue ao consumidor com esses defeitos, que seriam percebidos em um bom controle de qualidade. A alegação de desgaste natural, usada pela empresa para negar o reparo em garantia, só tem validade quando é demonstrada.
Leia outras queixas dos leitores
CITROËN AIRCROSS
Problemascom os pneus 1
Quando levei meu Aircross 2012/2013 à revisão de 20 mil km, reclamei do forte barulho ao rodar, mas disseram que era fruto do desgaste normal dos pneus. Pedi um novo diagnóstico e o mecânico disse que os pneus eram de uso misto e eu teria de conviver com esse ruído mesmo que os substituísse. Fui a uma loja da Pirelli. Ali, atestaram mau uso dos pneus e falta de rodízio, embora eu tenha pago por esse serviço na concessionária. Afirmaram, ainda, que esses pneus não suportam a carga da carroceria e devem ser trocados a cada 10 mil km. Ora, ninguém me avisou que com esse carro eu teria um prejuízo de R$ 2 mil a cada 10 mil km. O carro está na garantia e não é justo que eu seja prejudicada se os pneus escolhidos pela montadora são inadequados. Se eu soubesse que a manutenção era tão cara, jamais teria comprado este carro.
Clarissa Madruga Custódio
CARAGUATATUBA (SP)
Citroën responde: o laudo da Pirelli atestou consumo irregular dos pneus, provocado por fatores externos. Trocaremos os dois pneus, mas por mera liberalidade, visando o bom relacionamento com a cliente, sem caracterizar o reconhecimento de qualquer defeito no produto.
A leitora diz que, quando foi contatada pela montadora, já havia feito a troca de dois pneus por conta própria. Massó com a troca dos outros dois, custeada pela empresa, o problema foi resolvido.
Advogado: vale lembrar que o fornecedor deve comprovar a alegação de mau uso do veículo pelo cliente, ou a ocorrência de fator externo. Quando o caso vai à Justiça, o custo da perícia que comprovará essas alegações é da empresa.
HONDA CIVIC
Problemascom os pneus 2
Meu Civic foi entregue novo com pneus Bridgestone. Comecei a senti-lo instável em estradas, mas aguardei a primeira revisão para reclamar. Pedi que fosse feito o alinhamento e não constataram nenhum problema. Mas a instabilidade aumentou e voltei a me queixar à montadora, que me orientou a procurar a fabricante do pneu. O laudo da Bridgestone atestou que o pneu estava deformado, mas não reconheceu defeito de fabricação. Voltei à concessionária e mais uma vez analisaram o veículo e não constataram nenhum problema. Pedi que trocassem os pneus, pois estou sendo exposto ao risco de um acidente, mas a substituição foi recusada. Agora, não sei mais para quem reclamar.
Fábio Sadao
SÃO PAULO (SP)
Honda responde: o caso foi resolvido diretamente com o cliente.
O leitor diz que a autorizada fez a troca sem ônus dos pneus, resolvendo o problema.
Advogado: a montadora deveria ter trocado os pneus de imediato, em vez de exigir que o leitor tomasse providências junto à fabricante dos pneus.