(Foto: Daniel Teixeira/AE)
Todo ano é a mesma coisa: o verão se aproxima e com ele, além do calor, vêm os temporais quase diários. Por isso, nunca é demais tomar algumas precauções extras para rodar nessa época, especialmente se for preciso enfrentar trechos alagados. “Melhor mesmo é não sair de carro quando a chuva é muito forte e esperar que ela passe”, afirma o conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil) Francisco Satkunas. “Mas quando isso é inevitável, a dica mais básica é passar apenas se a água não bater acima nas saias laterais ou do meio das rodas do veículo.”
Se der para atravessar, isso deve ser feito em velocidade baixa, com o câmbio em primeira marcha, acelerando sempre, para manter o fluxo contínuo de ar no motor, impedindo a entrada de água. É importante deixar o giro alto, mesmo que isso peça uma leve queimada na embreagem. “É um mal necessário”, diz o especialista.
Em modelos com câmbio automático, deve-se engatar a marcha mais baixa e “segurar” a velocidade do carro puxando e soltando o freio de mão. “Outro problema é o travamento das rodas por causa do colamento das lonas, que podem ficar encharcadas mesmo com o carro parado em uma rua que alagou”, destaca José Ciccone, da oficina San Marino, na Aclimação (zona sul).
Outra peça suscetível a defeito é o catalisador, que fica em posição muito baixa no veículo. “Como ele trabalha a cerca de 300°C, a água pode gerar um choque térmico, causando a quebra da massa interna”, diz o mecânico. E aí o prejuízo pode ser grande. “O mais barato sai por R$ 400, mas em alguns carros, passa dos R$ 5 mil.”
