O conhecido sistema de “um toque” para abertura e fechamento dos vidros elétricos é um adianto e tanto a bordo do carro. Mas seu movimento automático pode representar risco para crianças, animais pequenos e até mesmo adultos menos atentos.
Por isso, os dispositivos de subida automática têm uma função que interrompe o movimento quando o vidro encontra um obstáculo no caminho, fazendo-o retroceder alguns centímetros.
O recurso pode servir para vários fins, como evitar um dedo machucado ou até mesmo que uma criança se enforque, caso coloque a cabeça para fora durante o fechamento da janela.
O sistema é obrigatório no Brasil desde o início deste ano. Todos os carros com vidros, teto solar ou divisória interna com fechamento por um toque devem vir com o recurso.
A resolução nº 468 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina que o vidro deve parar de subir antes que faça uma força superior a 100 Newtons no obstáculo que encontrar.
Desta forma, o vidro poderá fazer no máximo um “beliscão” em desavisados, mas não pode sequer ferir a pele do usuário.
No texto da resolução do Contran também está claro que o sistema antiesmagamento deve abrir a janela em pelo menos 20 centímetros, de modo a permitir a colocação de dispositivo de resgate caso algum ocupante fique preso no carro. O vidro também pode retornar ao ponto onde a subida automática começou ou se abrir por inteiro automaticamente, caso encontre um obstáculo no caminho.
Para o teto solar, o sistema abrirá o vidro sempre por inteiro, para evitar risco de lesões e possibilitar a retirada da pessoa (ou animal) do vão do teto.
Outra exigência do Contran é que os botões de acionamento dos vidros sejam do tipo “puxe e empurre” (foto).
O formato impede que o movimento de subida do vidro seja acionado de forma acidental, como no caso de um esbarrão, ou se uma criança pequena se ajoelhar ou pisar no comando. A pressão para baixo fará sempre a janela se abrir e nunca se fechar inadvertidamente.
Também é exigido um botão junto aos comandos dos vidros do motorista que interrompa o funcionamento dos comandos traseiros. A medida serve para que o motorista tenha algum controle sobre os botões que estejam fora de seu alcance físico e impeça seu acionamento.