Todo mundo já ouviu alguém falar sobre técnicas caseiras para remover manchas e mau cheiro do carro. E, ao contrário do que muitos podem pensar, soluções do “tempo da vovó”, como usar vinagre e maçã, são eficazes e até recomendadas por especialistas no assunto.
Para eliminar o odor do veículo, basta cortar uma maçã em quatro pedaços e deixar dentro da cabine. “Tem de ficar lá até a fruta secar (pelo menos uma semana)”, explica o diretor do Sindirepa-SP, o sindicato das reparadoras do Estado, Cesar Samos.
Os odores mais comuns são originados de atividades cotidianas como comer dentro do veículo e transportar animais. Outra causa corriqueira é a presença de umidade, que além de mau cheiro, pode causar manchas no estofamento.
“Se as marcas forem verificadas no início, podem ser eliminadas com uma solução de vinagre diluído com água”, ensina o diretor da Autoshine, empresa especializada em limpeza automotiva, Kazuo Matsui. “Após a aplicação dessa mistura, é aconselhável deixar o carro totalmente aberto e ao sol”
O vinagre também é ingrediente de uma receita para tirar odores desagradáveis do veículo. “Uma solução de vinagre, água, bicarbonato e álcool costuma ser muito eficaz. Para dar um cheirinho melhor, coloque um pouco de amaciante de roupas”, recomenda o gerente de marketing e desenvolvimento da Orbi Química, Edvaldo Shimpl. Para evitar umidade, ele aconselha deixar um pouco de cal ou giz de lousa no assoalho do carro.
Mas os especialistas alertam: mais importante do que tratar o problema é descobrir sua origem. Há casos em que as soluções caseiras não funcionam. Em outros, podem até “maquiar” um defeito mecânico.
“Um mau cheiro vindo do ar-condicionado é sinal de que chegou a hora de trocar o filtro. Portanto, disfarçar o odor nesse caso pode ser perigoso”, lembra Matsui.
As manchas originadas pela umidade em estado avançado requerem uma solução mais específica, que varia de acordo com o tipo de material do revestimento. “O tecido e o couro requerem soluções diferentes. O ideal é ir a uma oficina que tenha aparelhos específicos para cada caso”, diz Schimpl.