No dia 3 de janeiro, fui à concessionária Volkswagen Mercantil Atibaia e comprei um Polo Comfortline, na cor vermelha, com pacote TECH II. Como o veículo é para Pessoa com Deficiência, tem redução de IPI e ICMS e o preço baixou de R$ 69.140 para R$ 54.083,11. No ato da compra, a vendedora me informou que o carro chegaria em até 60 dias. No início de fevereiro, fui informado que a entrega seria adiada devido a problemas na fábrica. Em 5 de março, recebi um e-mail da Volkswagen comunicando que o preço do modelo havia sido reajustado em 3%, passando de R$ 70 mil – com isso, perdi o desconto. Como o negócio foi fechado em janeiro e a Volks foi responsável pelo atraso na entrega, entendo que a empresa não poderia incluir meu carro no aumento e me prejudicar dessa forma.
Hugo André M. Durão Santos, MAIRIPORÃ (SP)
Volkswagen responde: a Central de Relacionamento com o Cliente Volkswagen prestou todos os esclarecimentos e solucionou o caso diretamente com o cliente.
O leitor afirma que no fim de março a Volkswagen lhe propôs um acordo. Com isso, o carro saiu por R$ 61.240, com valores atualizados, e ele ganhou três revisões grátis.
Advogado: Ao consumidor não pode ser transferido o prejuízo resultante da alteração do prazo de entrega. Se o cliente fosse obrigado a arcar, indevidamente, com o prejuízo relativo ao novo preço cobrado, poderia recorrer ao juizado especial cível, para exigir a devolução em dobro do valor pago a mais, por se tratar de cobrança indevida.
Veja outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana:
RENAULT OROCH
Sem peça de reposição
No fim de novembro, fui notificado pela Renault sobre um recall para minha picape Duster Oroch. De acordo com o texto, o problema poderia provocar perda de dirigibilidade do veículo, com risco de acidente. Desde então, tenho tentado, sem sucesso, agendar o serviço na concessionária onde comprei o carro. Eles dizem que estão sem a peça, puseram meu nome em uma lista de espera, mas nunca me ligam. Já faz três meses que estou correndo riscos, e não é a primeira vez que isso acontece. Quando deixei a picape para a revisão dos 10 mil km, havia outro recall, mas ao me devolverem o carro, disseram que o serviço não havia sido necessário. Ao voltar à autorizada para resolver outro problema, o mesmo atendente reteve o veículo para fazer a intervenção que ele antes havia afirmado não ter sido necessária.
Márcio Carneiro dos Santos, SÃO LUÍS (MA)
Renault responde: O serviço foi realizado no veículo.
O leitor diz que o problema já havia sido resolvido quando ele enviou a queixa, mas queria divulgar o caso para levar a Renault a “melhorar seus processos internos”.
Advogado: o recall envolve defeitos que ameaçam a segurança do consumidor. Assim, quando a montadora não tem as peças necessárias para o reparo, deve reter o carro do consumidor e lhe oferecer um reserva equivalente até que possa concluir o serviço objeto da convocação.
TOYOTA COROLLA
Meses rodando sem air bag
Tenho um Corolla e em maio de 2017 recebi uma correspondência da Toyota avisando sobre um recall do air bag do passageiro. Levei o carro a uma concessionária, retiraram o dispositivo e colocaram um adesivo de alerta, informando que avisariam quando tivessem outro para instalar. Estou há meses sem esse air bag. Liguei para a autorizada, mas disseram que ainda estão esperando a peça da fabricante.
Diana Muhr, CAPITAL
Toyota responde: a cliente foi contatada e confirmamos que o veículo foi reparado no dia 14/11/2017.
A leitora confirma a informação da empresa.
Advogado: o recall, do ponto de vista legal, diz respeito a anomalias que põem em risco a vida do consumidor, como é o caso de falhas relacionadas aos air bags do veículo. Dessa forma, se a montadora não dispuser da peça necessária para o reparo, que tem caráter de urgência, deverá reter o carro do consumidor e oferecer-lhe outro equivalente para ser usado até a conclusão do serviço.
Quer participar? Escreva um texto descrevendo seu problema de forma resumida e envie-o para o e-mail jcarro@estadao.com, juntamente com RG, CPF, endereço com município, telefones para contato e, se possível, número do chassi e placa do veículo.
VEJA TAMBÉM: QUANTO CUSTA O CARRO COMPLETÃO