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Toyota RAV4 chega no mês que vem com quatro motores e 222 cv
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Toyota RAV4 chega no mês que vem com quatro motores e 222 cv

Em sua quinta geração, Toyota RAV4 estreia propulsão híbrida com um motor a gasolina e três elétricos e preços a partir de R$ 165.990

Hairton Ponciano Voz, de Campana, Argentina

23 de mai, 2019 · 7 minutos de leitura.

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rav4
TOYOTA RAV4 HYBRID.
Crédito:TOYOTA/DIVULGAÇÃO

O Toyota RAV4 está chegando totalmente renovado. O SUV produzido no Japão já tem data e preços definidos para estrear no Brasil: as vendas começam no dia 13 de junho, por R$ 165.990 na versão S, e R$ 179.990 na SX.

O modelo vem para concorrer na categoria de Honda CR-V e Volkswagen Tiguan com um trunfo muito importante. Em sua quinta geração, o RAV4 será vendido somente em versões híbridas, tecnologia não oferecida pelos concorrentes.

Potência subiu 77 cavalos

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O preço inicial subiu R$ 16 mil em relação ao modelo 2019. Mas, em compensação, graças à nova motorização, a potência aumentou 53%. Foi de 145 para 222 cv. Em vez do motor 2.0 de 145 cv do modelo atual, o novo SUV funciona com quatro motores, sendo um a gasolina (2.5 de quatro cilindros, 16 válvulas e 178 cv) e três elétricos (que geram outros 120 cv). Em conjunto, eles fornecem tração nas quatro rodas, o que é outra novidade. O modelo que está saindo de linha era vendido apenas com tração dianteira.

No novo RAV4, o motor a combustão move as rodas dianteiras. Já a tração traseira fica a cargo da propulsão elétrica, que entra em ação em caso de necessidade (perda de tração de alguma roda, por exemplo).

O RAV4 de quinta geração utiliza a nova plataforma TNGA, que a Toyota desenvolveu para seus novos veículos híbridos. É a mesma do Prius, Camry e também a que estará no novo Corolla, a ser lançado no segundo semestre.


A diferença é que o Corolla terá motor a combustão flexível. No RAV4, o 2.5 funciona com gasolina (este propulsor é dotado de injeção direta e indireta, como alguns modelos da Audi. Embora a arquitetura seja a mesma para todos os modelos híbridos da marca, a Toyota informa que o RAV4 divide com o Camry a plataforma GA-K.

A Toyota garante que, graças ao conjunto híbrido, o SUV tem autonomia de até 1 mil km, dependendo do modo de condução. O consumo oficial é de 12,8 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada. Com o tanque de 55 litros, isso equivale a uma autonomia rodoviária de 786 km. O câmbio é automático continuamente variável (CVT). A bateria é de níquel hidreto metálico de segunda geração.

Visual ficou mais agressivo


O visual ficou mais agressivo e moderno. A carroceria tem mais vincos, e faróis e lanternas estão mais estreitos. O resultado é um carro com mais personalidade. O comprimento praticamente não foi alterado (4,6 m, apenas 5 mm menor que o anterior), mas o modelo ficou 1 cm mais baixo (1,68 m) e 1 cm mais largo (1,85 m).

A distância entre eixos aumentou 3 cm, para 2,69 m. Isso amplia o espaço interno. O porta-malas tem capacidade para 580 litros, e o interior também foi inteiramente redesenhado. E a altura livre do solo está 1,5 cm maior (18 cm).


RAV4 vem bem equipado

Desde a versão de entrada, S Hybrid, o RAV4 vem com faróis e lanternas de LEDs, rodas de 18 polegadas, sete air bags, bancos parcialmente de couro (com ventilação nos dianteiros e ajuste elétrico para o do motorista), central multimídia com tela de 7″ – que fica destacada do painel -, chave presencial com botão de partida, ar-condicionado de dupla zona, etc.

A versão mais cara, SX Hybrid, traz adicionalmente teto solar panorâmico, carregador de celular sem fio, abertura de porta-malas por movimento de pé, borboletas para troca de marcha no volante e o pacote de segurança denominado Toyota Safety Sense (TSS).

Esse pacote é dotado de controlador de velocidade adaptativo (acompanha o ritmo do trânsito), frenagem automática de emergência, sistema de manutenção em faixa (com alerta e correção de volante) e farol alto automático (ele reduz sozinho diante de carros à frente, indo ou vindo).


Como ele anda

A avaliação do modelo na Argentina foi muito curta. Consistiu em percorrer um trecho off-road de 1,2 km, sem muitos obstáculos difíceis. Houve ainda uma prova para testar a aceleração, numa pista oval também curtíssima.

Foi o suficiente apenas para atestar que o carro é silencioso, graças à atuação predominante dos motores elétricos em baixa velocidade. A suspensão mostrou bom comportamento no piso irregular, sem transmitir solavancos para a cabine.

Na aceleração mais forte, todos os motores funcionam em sintonia e o carro arranca com agilidade. O acabamento interno agrada, com superfícies macias no painel e laterais. A tela multimídia destacada domina muito o visual do painel, e destoa um pouco do conjunto.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.