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Carros especiais da Ferrari têm espera de cinco anos
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Carros especiais da Ferrari têm espera de cinco anos

Carros especiais, ou fora de série, geralmente têm exemplares únicos

Redação

11 de jul, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Ferrari SP3JC carros especiais
SP3JC
Crédito:Ferrari/Divulgação

A espera pelos carros especiais – ou fora de série, geralmente com exemplares únicos – da Ferrari pode chegar a cinco anos. Foi o que contou o chefe de marketing da marca, Enrico Galliera, à revista inglesa “Autocar”.

Não é à toa: a Ferrari só produz de dois a três carros especiais por ano. Além disso, não é qualquer pessoa que pode comprar essas máquinas.

De acordo com Galliera, eles só são acessíveis aos 250 melhores clientes das montadoras. “Eles nos avisam sobre o interesse e prometemos considerar, mas não garantimos que vão conseguir”, diz o executivo.

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“O cliente não tem apenas um carro único, mas uma experiência única”, afirma Galliera. Ele diz que o futuro proprietário trabalha junto com o designer do carro no processo.

A Ferrari revelou recentemente dois carros fora de série: o P80/C e o SP3JC.

 


Vídeo: Teste do McLaren Senna em Interlagos

 


Carros especiais da Ferrari

O P80 teve o maior tempo de produção entre todos os fora de série da Ferrari. Galliera explica que, normalmente, um modelo especial leva de 18 a 24 meses para ser finalizado.

No caso do P80, o tempo é superior: três anos. O modelo é baseado no carro de corrida 488 GT3 e teve um exemplar único produzido, feito em homenagem a clássicos como a Dino 206S.

O curioso é que é baseado em um carro já fora de linha, já que a 488 foi substituída pela F8 Tributo.


 

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A mecânica do carro não foi revelada. No entanto, há rumores de que traz o mesmo V8 da 488, mas com potência superior aos 670 cv entregues pelo carro original – que têm câmbio automatizado de sete marchas.

O SP3 deve levar um total de dois anos para ficar pronto – ele foi revelado no fim de 2018. Sua base é a F12tdf, que tem um V12 de 780 cv. Trata-se também de um exemplar único.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”