A General Motors Mercosul convoca os proprietários dos modelos Cruze, Sonic e Tracker por defeito no air bag do motorista. Esse problema é o recorrente em mais de 500 mil carros ao redor do mundo que usaram as peças da japonesa Takata.
As unidades do Cruze envolvidas são dos modelos 2012 e 2013. Elas foram produzidas entre março de 2011 e agosto de 2013. O Sonic tem exemplares 2012 e 2013 produzidos entre julho de 2011 e maio de 2013. Já os Tracker são modelo 2013, e foram fabricados entre março de 2012 e fevereiro de 2013.
O defeito, segundo o comunicado, é que em caso de colisão, a bolsa do air bag pode não abrir corretamente. Além disso, há o risco de o insuflador, peça responsável por inflar o air bag, se romper. Com isso pode lançar fragmentos metálicos nos ocupantes. Com isso há possibilidade de danos materiais e lesões físicas graves, ou até mesmo fatais, aos ocupantes.
Para solucionar o problema, a GM vai realizar a substituição do air bag do lado do motorista. O serviço é gratuito e o tempo estimado de reparo é de 30 minutos. Para agendamentos e outras informações, a GM coloca à disposição o telefone 0800 702 4200.
Entenda o caso dos air bags defeituosos da Takata
O deflagrador do air bag é uma peça responsável por inflar a bolsa na hora de um impacto. Ela fica envolvida por um revestimento metálico. Em caso de colisão, essa peça metálica se desfaz enchendo a bolsa em milissegundos.
No caso dos air bags defeituosos, fragmentos metálicos do deflagrador eram lançados na direção dos ocupantes dos bancos dianteiros, causando ferimentos e até mortes. Até agora, as autoridades de vários países, a maioria dos casos nos Estados Unidos, computaram 19 mortes relacionadas a acidentes envolvendo os air bags defeituosos.
Apesar do caso só ter tomado forma em 2014, dez anos antes, em 2004, após um motorista se ferir com farpas metálicas em um acidente no qual o air bag de um Honda Accord foi acionado, a Takata realizou testes para garantir a qualidade de seus produtos.
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Segundo fontes do jornal The New York Times, os testes concluíram que os air bags eram defeituosos, mas que ao invés de realizar o recall e parar a produção, executivos da companhia ordenaram que todo o material do teste, desde relatórios, vídeos e backup dos servidores fossem destruídos para não restar prova do conhecimento da empresa sobre o problema.
Após as investigações mais recentes, a Takata assumiu o erro, pediu desculpas e começou um processo de substituição das peças defeituosas. Segundo a companhia, o defeito nas peças foi causado por uma falha no controle de umidade das fábricas responsáveis pela produção dos deflagradores localizadas nos Estados Unidos e no México, enquanto os componentes produzidos na unidade da Alemanha eram mantidos sob as condições ideais.
Entre multas, processo de reposição das peças, que precisa ser gratuito para o consumidor, a companhia que também fabrica outros componentes automotivos, entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos e Japão e vendeu suas operações para a Key Safety Systems, por cerca de US$ 1,59 bilhão.