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Qual o futuro do Volkswagen Fox?
Mercado

Qual o futuro do Volkswagen Fox?

Com dois milhões de unidades produzidas, ele pode não ter vida longa no Brasil

Redação

21 de nov, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Fox
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Lançado em 2003, o Volkswagen Fox chegou ao mercado como uma opção de carro mais “premium” entre os compactos. Tinha uma série de soluções diferentes. Ele era mais alto, apesar de estreito, o banco traseiro corrediço, e um acabamento diferenciado em relação ao Gol.

Mas o tempo passou, ele superou os 2 milhões de unidades produzidas até aqui, quase de 500 mil unidades exportadas. O projeto levado para a Europa nesse meio tempo, para ser um carro de entrada por lá, mas hoje o futuro dele é incerto em meio as mudanças na gama da Volkswagen e a que está por vir.

O Fox tinha o status de compacto premium da Volkswagen no Brasil, mesmo quando o antigo Polo ainda estava à venda no Brasil. Agora, com o retorno da nova geração ele perdeu protagonismo e espaço. O modelo teve sua linha reduzida a poucas versões, perdeu as versões automatizadas e as mais equipadas.

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No lançamento do Polo, em setembro de 2017, a gama do Fox que tinha preços conflitantes foi extirpada, e restaram apenas duas versões, a Connect e Xtreme, ambas equipadas com o motor 1.6 flexível de até 104 cv.

Hoje, o Fox vive como nas histórias do “irmão do meio”. Geralmente o caçula é mais querido do mãe e o mais velho, do pai, ou vice-versa. No caso, o irmão menor é o Gol, que até ganhou o câmbio automático – que foi preterido ao Fox – e o mais velho é o Polo. E agora a Volkswagen não sabe bem o que fazer com o Fox.

Apesar da Volkswagen tratar o atual Fox como uma segunda geração graças as profundas mudanças em relação ao primeiro que foi lançado, a plataforma ainda é a mesma e o visual e o interior é que foram remodelados.


Como pontos fortes estão o bom espaço interno, a dirigibilidade adequada, apesar do centro de gravidade mais alto que dos outros dois irmãos, e a versatilidade, já que ele deu origem até a uma perua, a SpaceFox, considerada a sucessora “espiritual” da Parati como um carro familiar.

Futuro do Fox é uma incógnita

O que o futuro reserva para o Fox ainda é uma incógnita. Ele não foi bem sucedido na Europa como carro barato, aqui no Brasil, sempre teve a sombra do Gol como carro de entrada, depois ganhou ainda o problema chamado Up!, apesar de menor, mais eficiente em diversos quesitos, e depois o Polo.


A vida não parece ter um futuro longo para o Fox, mesmo com a garantia de um novo produto abaixo do Polo baseado na plataforma MQB A0, que deve fazer com que a Volkswagen dê adeus, de uma vez ao Polo, o Gol e o Up!, para receber um novo produto mais moderno, eficiente e com redução de custos no partilhamento de produção.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.