A General Motors (GM) abriu um processo contra Fiat-Chrysler (FCA) nos Estados Unidos. O motivo seria uma alegação de que a companhia ítalo-americana teria pago proprina ao sindicato (UAW) por vários anos para conseguir vantagens em negociações. De acordo com a GM isso teria custado a eles, “bilhões de dólares”.
No processo, segundo a Reuters, a GM afirma que o ex-CEO da Fiat-Chrysler, Sergio Marchionne, era peça central do esquema de pagamento de propinas. A GM afirma que não irá processar o sindicato, mas além da FCA outros três antigos executivos da marca, que estavam envolvidos no esquema.
Segundo a GM, a FCA pagou propina para ter benefícios, concessões e vantagens, enquanto a GM negou usar do mesmo artifício. O processo afirma que entre as vantagens conquistas pela FCA nesse acordo estão o apoio do sindicato ao “World Class Manufacturing”, uma estratégia de produção em série, como o Toyotismo, mas adaptada a cultura da marca italiana.
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O processo diz que a devido a uma lei que visa evitar corrupção em organizações, a FCA poderia pagar três vezes o que GM teve em perdas, graças a todo o processo, além de outras multas. O valor não foi informado.
O caso é baseado no fato que a após a GM não aceitar a oferta de compra/fusão que a Fiat fez em 2015, depois de já ser a controladora da Chrysler, eles teriam feito diversos acordos para reduzir a hora paga por trabalho em relação ao que a GM pagava.
“Marchionne foi uma figura central na construção, execução e incentivador da atividade fraudulenta”, disse Craig Glidden, conselheiro da GM.
Em uma nota, a FCA diz que irá se defender contra o processo, que chamou de “uma tentativa sem mérito de tirar a atenção dos próprios desafios da GM”. Ela completa a nota dizendo que irá lidar com essa extraordinária tentativa de distração por meio dos canais apropriados.