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O que já sabemos sobre a nova Fiat Strada
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O que já sabemos sobre a nova Fiat Strada

Nova geração chega no primeiro semestre para renovar por completo a líder do segmento de picapes

Redação

24 de jan, 2020 · 5 minutos de leitura.

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FIAT STRADA RODANDO CAMUFLADA
Crédito:VITOR PEREIRA/ESTADÃO

Lançada em 1998, a líder de mercado Fiat Strada vai passar por sua mais profunda reestilização. A picape vai, finalmente, trocar de plataforma pela primeira vez desde sua chegada ao mercado como sucessora da Fiorino.

Com apresentação prevista para março, a nova picape tinha era alvo de dúvidas quanto ao nome. A Fiat não estava certa sobre a manutenção, mas bateu o martelo pelo sucesso da Strada.

As versões mais baratas da atual Fiat Strada continuarão à venda por um tempo para complementar a linha. Como ocorre com diversos carros que ganham novas gerações mais equipadas e tecnológicas. Um exemplo recente é o Chevrolet Onix.

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Em termos de visual, a nova Strada será uma mescla de Mobi com Toro. Na dianteira, vai apostar em um conjunto óptico semelhante ao do hatch compacto. A traseira será inspirada pela picape maior, com lanternas curvadas que invadem as laterais.

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VITOR PEREIRA/ESTADÃO

Plataforma e carrocerias

Chamada internamente de projeto X1P, a nova picape Strada vai ter uma plataforma mista. Um dos trunfos da atual geração, que veio passando apenas por reestilizações e ganhando novas variantes era o eixo traseiro com feixe de mola. O sistema, utilizado muito em caminhões, é considerado altamente confiável para quem usa o carro no trabalho.


Pelo sucesso e por conta de custos, a Fiat optou por manter essa arquitetura na traseira, enquanto a seção dianteira da picape compacta será de Argo/Uno. Em termos de dimensões, ela não deve ter grandes alterações ante os 4,47 metros de comprimento da atual e o entre-eixos de 2,75 m.

Além da versão de cabine simples, que na verdade terá um prolongamento de carroceria para levar pequenas cargas dentro da cabine (uma espécie de cabine estendida), haverá também a cabine dupla. A novidade para a cabine dupla é a adoção da quarta porta, diferentemente da atual, que tinha apenas três.


Motores e câmbios

Para as versões mais básicas, a nova Strada vai manter o já conhecido 1.4 Evo, que com etanol rende até 85 cv. Ele estará nas versões focadas em vendas diretas, para frotistas e destinadas ao trabalho.

Nas mais completas e com cabine dupla, o motor será o 1.3 Firefly de até 109 cv e 14,2 mkgf. Esse motor equipe o Argo e o Cronos. Inicialmente, os dois motores serão oferecidos apenas com câmbio manual de cinco velocidades.

Em 2021, a Fiat adotará no propulsor 1.3 uma opção de caixa automática, do tipo CVT. A transmissão continuamente variável vai ocupar o espaço que era do câmbio automatizado GSR (o antigo Dualogic). Além de aumentar a participação na venda de veículos automáticos, a Fiat conseguirá melhorar seus números de consumo e emissões gerais exibidos no Conpet.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”