Lançada em 1998, a líder de mercado Fiat Strada vai passar por sua mais profunda reestilização. A picape vai, finalmente, trocar de plataforma pela primeira vez desde sua chegada ao mercado como sucessora da Fiorino.
Com apresentação prevista para março, a nova picape tinha era alvo de dúvidas quanto ao nome. A Fiat não estava certa sobre a manutenção, mas bateu o martelo pelo sucesso da Strada.
As versões mais baratas da atual Fiat Strada continuarão à venda por um tempo para complementar a linha. Como ocorre com diversos carros que ganham novas gerações mais equipadas e tecnológicas. Um exemplo recente é o Chevrolet Onix.
Em termos de visual, a nova Strada será uma mescla de Mobi com Toro. Na dianteira, vai apostar em um conjunto óptico semelhante ao do hatch compacto. A traseira será inspirada pela picape maior, com lanternas curvadas que invadem as laterais.
Plataforma e carrocerias
Chamada internamente de projeto X1P, a nova picape Strada vai ter uma plataforma mista. Um dos trunfos da atual geração, que veio passando apenas por reestilizações e ganhando novas variantes era o eixo traseiro com feixe de mola. O sistema, utilizado muito em caminhões, é considerado altamente confiável para quem usa o carro no trabalho.
Pelo sucesso e por conta de custos, a Fiat optou por manter essa arquitetura na traseira, enquanto a seção dianteira da picape compacta será de Argo/Uno. Em termos de dimensões, ela não deve ter grandes alterações ante os 4,47 metros de comprimento da atual e o entre-eixos de 2,75 m.
Além da versão de cabine simples, que na verdade terá um prolongamento de carroceria para levar pequenas cargas dentro da cabine (uma espécie de cabine estendida), haverá também a cabine dupla. A novidade para a cabine dupla é a adoção da quarta porta, diferentemente da atual, que tinha apenas três.
Motores e câmbios
Para as versões mais básicas, a nova Strada vai manter o já conhecido 1.4 Evo, que com etanol rende até 85 cv. Ele estará nas versões focadas em vendas diretas, para frotistas e destinadas ao trabalho.
Nas mais completas e com cabine dupla, o motor será o 1.3 Firefly de até 109 cv e 14,2 mkgf. Esse motor equipe o Argo e o Cronos. Inicialmente, os dois motores serão oferecidos apenas com câmbio manual de cinco velocidades.
Em 2021, a Fiat adotará no propulsor 1.3 uma opção de caixa automática, do tipo CVT. A transmissão continuamente variável vai ocupar o espaço que era do câmbio automatizado GSR (o antigo Dualogic). Além de aumentar a participação na venda de veículos automáticos, a Fiat conseguirá melhorar seus números de consumo e emissões gerais exibidos no Conpet.