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Evoque: de SUV mais desejado do mundo a um modelo caro e comum
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Evoque: de SUV mais desejado do mundo a um modelo caro e comum

O Range Rover Evoque fez muito sucesso na primeira metade dos anos 2010, mas a partir daí o encanto foi diminuindo

Redação

31 de jan, 2020 · 5 minutos de leitura.

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land rover range rover evoque
Segunda geração do Range Rover Evoque chegou no ano passado com poucas mudanças visuais e bem mais cara
Crédito:Land Rover/Divulgação

O Land Rover Range Rover Evoque (sim, o nome completo cheio de pompa é esse mesmo) já viveu dias melhores. Assim que foi lançado mundialmente, em 2010, o SUV rapidamente se converteu num sucesso de crítica e público. O modelo trazia linhas modernas e agressivas, muito diferentes do aspecto sisudo reinante até então, seja nos carros da Land Rover, seja nos modelos da concorrência.

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No Brasil, o modelo chegou no ano seguinte, no final de 2011. E replicou em território nacional a febre mundial. Entre suas características estavam o teto descendente, as dimensões compactas e a pintura bicolor, tendência que mais tarde se intensificaria entre os SUVs.

Como se não bastasse o estilo instigante, o SUV inglês ainda apresentava ótimo desempenho, embalado pelo motor 2.0 turbo de 240 cv a gasolina, de origem Ford. Na fábrica de Halewood, na Inglaterra, a proporção era de três Evoque para cada Freelander produzido.


No lançamento nacional, a marca estimava que o modelo iria responder por cerca de 40% das vendas. O Evoque partia de R$ 164.900 e chegava a R$ 231.900.

Tombo nas vendas do Evoque em 2016 foi de 50%

Apesar de ter sido lançado no Brasil no quarto trimestre de 2011, naquele ano a marca registrou a venda de 863 unidades, o que já era o prenúncio de uma boa trajetória. No ano seguinte, 2012, primeiro ano cheio de vendas, os emplacamentos saltaram para 4.149 unidades. Em 2013 o Evoque bateu o recorde no Brasil, com 6.606 unidades vendidas. A partir de 2014, o modelo iniciou um leve declínio. Naquele ano o volume foi de 5.948 unidades, número que caiu para 3.927 veículos emplacados em 2015.


Em 2016, o tombo nas vendas foi de 50%: das quase 4 mil unidades do ano anterior, a Land Rover emplacou apenas 1.956 unidades, volume que se manteve praticamente igual em 2017 (1.995 veículos). O declínio continuou em 2018 (1.454 unidades) e no ano passado, quando apenas 1.159 veículos foram emplacados.

Fator novidade já passou

Embora o modelo ainda cause admiração nas ruas, o fato é que o fator novidade passou há alguns anos. Mas há outras razões que podem explicar a diminuição do sucesso do carro. E talvez a principal seja o preço. Se no início da década o veículo chegou por um preço relativamente acessível, atualmente a versão mais barata, R-Dynamic SE P250, custa R$ 281.600, o que representa 71% a mais que o preço do começo da década. O motor 2.0 turbo flexível tem 250 CV e 37,2 mkgf. A versão P300 R-Dynamic HSE sai por R$ 327 mil.



Outra razão é que a segunda geração do modelo, que chegou no ano passado, apesar de ter mudado muito onde os olhos não veem, apresentou poucas mudanças visuais. Ou seja, faltavam motivos para convencer o dono do modelo antigo a trocar pelo novo.


A avaliação está aqui

Para terminar, o estilo agressivo acabou se espalhando para outros produtos da marca, especialmente o Velar. Daí, o comprador – esse ser altamente volúvel – acabou indo para o que era realmente novo.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.