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Fiat e Volkswagen repensam participação no Salão do Automóvel
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Fiat e Volkswagen repensam participação no Salão do Automóvel

Antes confirmadas, empresas 'monitoram' a situação do evento com mais uma desistência, da Kia

Redação

19 de fev, 2020 · 3 minutos de leitura.

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salão do automóvel
ESTANDE DA KIA NO EVENTO DE 2018
Crédito:WERTHER SANTANA/ESTADÃO

BMW, Chevrolet, Hyundai, Mini, Mitsubishi, Suzuki e Toyota. Essas marcas já abandonaram o barco do Salão do Automóvel 2020. Além delas, a Kia anunciou esta semana que também não estará presente no evento bienal.

Com essas mudanças, duas confirmadas, Volkswagen e Fiat-Chrysler estão revendo a posição de presença. O evento está marcado para ocorrer de 12 a 22 de novembro, no São Paulo Expo.

O grupo FCA que tem as marcas Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge e Ram, diz que continua confirmada. Também salienta que está ‘monitorando’ as movimentações de possíveis novas desistências, como da Volkswagen.

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Durante o lançamento do Virtus GTS, em São Carlos (SP), o CEO da Volkswagen, Pablo Di Si falou sobre o formato do evento. “Sabemos que o Salão é importante para o Brasil, mas o formato atual precisa ser mudado”.

Por esse motivo, a Volkswagen está trabalhando junto a Anfavea, que é a associação que reúne os fabricantes, e demais marcas em um novo modelo de negócios.


Kia e o Salão do Automóvel

Em comunicado, a Kia afirmou que tem mais dois lançamentos para o Brasil, o Niro Hybrid e um SUV compacto, além do Rio, já apresentado. Lá também afirmou que está optando por experiências mais próximas aos potenciais compradores, com eventos regionais.

Apesar de ter confirmado a desistência, a empresa pode reavaliar a participação, caso seja proposto um novo formato para o evento “que foi o mais importante dos últimos 60 anos”. Com a saída da marca sul-coreana, são sete desistências em 2020.

No total, são 12 empresas fora do evento. Além dessas desistentes, Jaguar, Land Rover, Peugeot, Citroën e Volvo, que já não estiveram na edição 2018 do evento, continuarão de fora da mostra bienal.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”