A Honda acaba de apresentar, por meios digitais, um novo conceito da sua divisão de motos, a CB-F. O modelo, que evoca o estilo da linha CB da década de 80, foi feito a partir da base técnica e mecânica da CB 1000 R. Isso inclui o motor de quatro cilindros e 998 cm³, a suspensão dianteira invertida e a balança monobraço na traseira, entre outros itens.
A antecessora espiritual dela é a CB 900F, que não foi oferecida oficialmente no Brasil. A marca trouxe ao País, além da CB 750, que ficou conhecida como “sete-galo”, outras motos da linha com motores menores, como a CB 450 e a CB 500. Todas tinham o mesmo estilo visual com linhas quadradas no tanque, rabeta e laterais.
Os fãs da marca devem se lembrar também da CB 1300 ‘Super Four’, que chegou ao País no fim da primeira década de 2000. O modelo, que passou a ser o de topo da linha naked da Honda no Brasil, tinha o mesmo estilo quadrado. Essa moto era ainda mais “raiz”. Entre os destaques, tinha suspensão da marca Ohlins com ajuste e reservatório de gás na traseira, mas no estilo bichoque.
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A Honda CB-F Concept faria sua estreia nos Salões das Duas Rodas de Osaka e de Tóquio. Ambos ocorreriam entre o final de março e o começo de abril. Como todo evento do tipo, ele serve para testar a receptividade do público a um novo produto. Mas a Honda não perdeu a oportunidade e criou um site exclusivo para o ‘salão virtual’, no qual ela pede a opinião de quem visita sobre o modelo, incluindo se compraria ou não.
Tendo como base uma motocicleta global, com especificações que atendem as emissões dos principais mercados que é a CB 1000R, a CB-F deve chegar às ruas em 2021. O modelo seguirá como parte da celebração pelos 50 anos da família CB. Mas ela não é o único que está ‘na agulha’ para chegar às ruas. A própria Honda tem um segundo conceito e outras marcas também têm novidades por aí.
Apresentada timidamente no Salão de Milão (EICMA) em 2019, o modelo foi criado pelo centro de design da Honda Europa, localizado em Milão. A proposta é uma moto crossover, mas de pegada mais esportiva e com motor quatro cilindros. Ou seja acima das bicilíndricas NC 750X e CB 500X. Ela chegará para substituir a VFR 800X Crossrunner, que basicamente é um modelo oferecido na Europa, com motor V4 de 105 cv e rodas de 17″ – o mesmo conceito. O motor será o mesmo da CB 1000R, mas ‘amansado’ para torque mais amplo e menos potência.
Husqvarna Norden 901
O conceito também mostrado no EICMA antecipa a primeira big trail da marca. Confirmada para 2021, ela é pensada sobre o motor dois cilindros de 899 cm³ do grupo KTM/Husqvarna. Na KTM 890 Duke R, esse motor entrega 121 cv, para a big trail da Husqvarna, o conceito será também de menos potência e torque mais amplo. Ela aposta no mesmo estilo das “irmãs” menores, Svartpilen 701 e Vitpilen 701, que foram vendidas no Brasil em 2018, de pegada retrô moderna. Com rodas de 21″ na frente e 18″ atrás vai manter o DNA off-road da marca.
Harley-Davidson Pan America
Ao lado da naked Bronx (que falaremos logo abaixo), a Pan America, primeira big trail da Harley chega para atrair consumidores que não querem motos custom. Mais tecnologia, eletrônica e novas possibilidades. Confirmada para chegar em 2021 no Brasil (antes do coronavírus), ainda tratada como conceito, é praticamente a versão final do modelo. Ela terá um motor V2 de 1.250 cm³ refrigerado a água de 145 cv e 12,4 mkgf. E um visual bastante controverso que não deve ser alterado em grande escala mais.
Harley-Davidson Bronx
Já a naked, ao estilo Streetfighter (motor grande e estilo agressivo), vem para brigar em um segmento de pilotos mais jovens, que querem mais esportividade. Tal qual a Pan America, mais eletrônica e conforto são predicados do produto. O motor é um V2 de 975 cm³ que rende 115 cv e 9,6 mkgf, também refrigerado a água. As pinças de freio são Brembo e os pneus desenvolvidos especialmente pela Michelin.
Ducati DesertX
Outro projeto do EICMA 2019, a DesertX, uma versão big trail da retrô Scrambler é outro modelo COM o martelo praticamente batido. O sucesso da linha Scrambler para a Ducati levou ao desenvolvimento de novos modelos, como a irmã maior, a Scrambler 1100. Agora é a hora de expandir o conceito retrô para outros segmentos. A DesertX é baseada na menor, com dois cilindros e 803 cm³ e inspirada pelas trail dos anos 90. Guidão largo, estilo funcional e linhas mais básicas, como pedia o requisito da época. A expectativa é que seja apresentada próxima ao EICMA 2020, em novembro.
Aprilia Tuono 660
Longe do Brasil desde a primeira metade dos anos 2000 por um imbróglio empresarial, a italiana Aprilia mostrou um novo conceito no EICMA 2019. A Tuono 660 é a versão naked, sem carenagem, da RS 660, que foi o conceito do ano anterior. A Tuono 660 é a naked de ‘entrada’, abaixo da Tuono 1100. O motor dois cilindros de 660 cm³ rende 95 cv. O ‘conceito’ já trazia todo o pacote de eletrônica, painel de TFT colorido, faróis de LED e suspensão ajustável. Se o coronavírus não atrasar, já que a Itália é um dos países mais afetados, seu lançamento ocorre no EICMA 2020.
Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?
Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade
26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.
Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.
Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.
Centro de gravidade
Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.
Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento.
E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.
Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:
– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.
– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.
– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.
– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.
– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.