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Motos fazem sucesso nas telonas
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Motos fazem sucesso nas telonas

Confira alguns filmes de Hollywood em que as motos são coadjuvantes de peso ou até mesmo a estrela

José Antonio Leme

04 de mai, 2020 · 8 minutos de leitura.

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PETER FONDA E DENNIS HOPPER EM SEM DESTINO
Crédito:REUTERS/Columbia Pictures/

É comum um ou mais carros dividirem as cenas com astros do cinema. Seja em produções feitas em Hollywood, Europa ou mesmo na Ásia. Alguns até ganham status de estrela, como o Ford Mustang GT 1968 dirigido por Steve McQueen em Bullitt. Ele foi arrematado em um leilão em janeiro por US$ 3,74 milhões, uns US$ 15 milhões na época. As motocicletas, por sua vez, não têm presença tão frequente nas telas, mas nem por isso elas são menos importantes.

As motos estão ligadas a aspectos como liberdade, altas doses de testosterona e rebeldia – inclusive no cinema. E certamente um dos mais bem acabados retratos desse estereótipo é representado pelo filme Easy Rider (Sem Destino), de 1969. Dennis Hopper, no papel de Billy, e Peter Fonda (Wyatt), inspiraram uma geração de novos motociclistas. A “Capitão América”, uma chopper com a bandeira dos Estados Unidos pintada no tanque, se transformou no símbolo de uma era.

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Trata-se de uma Harley-Davidson Hydra Glide de 1952. A história dos bastidores do filme é um tanto controversa. A mais aceita é que das quatro motos feitas para o filme, três teriam sido roubadas antes da estreia. Em 2014, a Profiles in History leiloou, na Califórnia, a suposta quarta moto. O modelo teria sido arrematado por cerca de US$ 1,2 milhão, algo como R$ 2,8 milhões na época.

A Hydra Glide também está em uma produção mais recente: Ghost Rider (Motoqueiro Fantasma), a versão para as telas da história em quadrinhos criada pela Marvel em 1972. Coube a Nicholas Cage interpretar o papel de Johnny Blaze, um dublê que faz um pacto com o diabo e se transforma em um caçador de almas. No segundo filme, Ghost Rider: Spirit of Vengeance (Motoqueiro Fantasma: Espírito da Vingança), de 2012, a produção usou uma Yamaha V-Max.

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Para quem gosta de filmes baseados em histórias reais, The World’s Fastest Indian (Desafiando os Limites), de 2005, conta a história de Burt Munro. Anthony Hopkins interpreta o papel do neozelandês que queria ser o piloto de moto mais rápido do mundo. Ele leva sua Indian Scout de 1920 para o deserto de Bonneville, em Utah, nos Estados Unidos, e bate o recorde mundial de velocidade. Isso foi em 1967, quando Munro tinha 68 anos e sua moto, 47. Em 2013, a marca norte-americana criou um conceito inspirado na moto de Munro. O modelo, batizado de Spirit of Munro (Espírito de Munro), fazia parte da estratégia de lançamento do novo motor da empresa.

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PARAMOUNT PICTURES

Para os fãs de comédia pastelão a dica é Wild Hogs (Motoqueiros Selvagens), de 2007. Quatro amigos pegam suas Harley e vão para a estrada na tentativa de dar algum ânimo às suas vidas, chatas e problemáticas. John Travolta e Martin Lawrence fazem parte da trupe, que se envolve em confusões e acaba se deparando com um grupo de motoqueiros malvados.


Dos filmes de ação, em The Terminator 2 (O Exterminador do Futuro 2), há uma cena na qual Arnold Schwarzenegger salta uma ponte em uma Harley Fat Boy. De 1990, o filme ajudou a tornar a moto um sucesso. Na franquia futurista Matrix, a Ducati 996 surge no segundo filme, Reloaded. Há uma cena vibrante de perseguição na contramão em uma rodovia.

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James Bond tem histórico com motocicletas

Na franquia James Bond os carros sempre são lembrados, mas há espaço para as motos e o agente secreto com licença para matar criado por Ian Fleming sabe a capacidade delas. Em Tomorrow Never Dies (O Amanhã Nunca Morre), de 1997, com Pierce Brosnan, 007 pilota uma BMW R 1200 C enquanto está algemado a sua parceira que ora vai na garupa, ora está em seu colo. A ligação com a realidade é mínima, mas a cena ficou ótima na tela.


O atual 007, interpretado por Daniel Craig, tem amor pelas magrelas. O ator já guiou na película Skyfall, de 2012, uma Honda CRF 250R toda modificada. Em Quantum of Solace, de 2008, ele participa de uma perseguição montado em uma Montesa Cota 4RT também personalizada. A marca espanhola pertence à japonesa Honda. Adiado por causa da pandemia do novo coronavírus, No Time to Die (Sem Tempo Para Morrer), próximo e último filme com Craig na pele de Bond, 007 usará as inglesas Triumph Tiger 900 e Scrambler 1200.

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Tom Cruise tem carreira marcada por motos

Aos 57 anos, o ator Tom Cruise tem um caso de amor com as motos em seus filmes. Ele já esteve em um embate nada real no ‘Missão Impossível 2’ com as Triumph Speed Triple e Daytona 955, no quinto filme da mesma franquia, ainda no papel do agente secreto Ethan Hunt, ele pilota uma superesportiva S 1000 RR, da BMW, sem capacete ou proteções em meio a rodovias.


Como o aviador da Marinha dos Estados Unidos, Pete “Maverick” Mitchell, em ‘Top Gun’, de 1986, além de guiar caças de combate em disputas assombrosas no ar, Cruise também acelera na pista da base militar uma Kawasaki GPZ 900R. Agora, prestes a lançar uma continuação do filme, ele retornará, como já foi visto em imagens do set de filmagens em outra Kawasaki, a Ninja H2 que é a mais potente esportiva de rua do mundo, com 243 cv.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.