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Veja o que muda no Brasil com a nova estrutura da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
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Veja o que muda no Brasil com a nova estrutura da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi

Fabricantes vão se reestruturar para superar crise e trabalhar na manutenção da Aliança. Renault e Nissan desistem de fusão

Igor Macário

27 de mai, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Gama das duas marcas poderá passar por mudanças
Crédito:Renault/Divulgação
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A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi passará por mudanças profundas nos próximos anos. Renault e Nissan desistiram de prosseguir com o processo de fusão e irão trabalhar na manutenção da aliança. A fusão era o plano do ex-CEO da empresa, Carlos Ghosn.

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A Nissan, no entanto, nunca foi muito próxima da ideia. Para a japonesa, a Renault não vinha pagando sua parte dos trabalhos feitos pela engenharia da Nissan no Japão.

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Agora, as fabricantes irão focar em fortalecer a Aliança, muito para superar os prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus em todo o mundo. As três marcas irão promover reestruturações significativas para cortes de custos.

Líder novo na Aliança

Além disso, a Aliança deverá eleger uma empresa para liderar o grupo. Isso significa que uma das três deverá encabeçar o desenvolvimento de um tipo de veículo e as outras duas seguirão com suas versões. A nova abordagem deverá evitar concorrência interna de projetos similares, diminuindo custos.

A mudança poderá significar que a Nissan tome conta em definitivo dos SUVs na Europa. Alguns modelos da Renault já usam base Nissan, como a dupla Qashqai e Koelos. Mas SUVs como Kadjar e Captur também poderão ser incluídos no guarda-chuva da Nissan. Por outro lado, a Renault poderá ficar à frente dos veículos comerciais e carros compactos.


A Mitsubishi poderá ajudar a Nissan a produzir veículos para o sudeste asiático, onde tem fábricas e boa penetração no mercado. As duas japonesas ainda podem se unir para fabricar micro-carros urbanos no Japão.



Efeito vai demorar

Por aqui, os impactos das mudanças deverão demorar a aparecer. No Brasil, as operações das duas marcas são separadas, com produtos distintos. O máximo de interação é o uso de motores e câmbios da Nissan em modelos como os Renault Duster e Captur.

Além disso, boa parte da linha Renault é de origem Dacia, a subsidiária romena da Renault. Isso significa que mudanças deverão aparecer só nas próximas gerações de modelos como Sandero e Logan, que ainda deverão custar a chegar aqui. A Nissan prepara o lançamento do novo Versa para o País, ainda feito inteiramente pela montadora japonesa.


Já a Mitsubishi não opera no País oficialmente, mas sim por meio de seu importador oficial, o Grupo Souza Ramos, que produz algumas unidades em Catalão (GO) e importa outras. O GSR não tem nenhuma ligação com a Nissan e a Renault no Brasil. E não será afetado pela mudança.

Por falar em Renault, ela passa por sérias dificuldades financeiras na matriz. A marca deve receber um empréstimo de 5 bilhões de euros (R$ 30 bilhões) da União Europeia para sanar suas dívidas e manter as portas abertas.

A situação é tão crítica o ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, chegou a afirmar que a marca poderia até fechar. O empréstimo deve evitar o fechamento de fábricas e cortes ainda maiores de pessoal.


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