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Governo japonês queria realizar fusão entre Honda e Nissan
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Governo japonês queria realizar fusão entre Honda e Nissan

Proposta do governo era para garantir o futuro da indústria automotiva do país nos próximos anos formando uma nova 'campeã nacional'

Redação

17 de ago, 2020 · 3 minutos de leitura.

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honda
Honda
Crédito:PIXABAY

O governo japonês está focado em garantir que o país asiático continue como um dos expoentes da indústria automotiva nos próximos anos. E está pensando até em fusões de marcas locais que hoje não tem nada em comum. Segundo, a publicação Financial Times, eles estariam tentando criar um gigante com a fusão entre Honda e Nissan.

As primeiras conversas para criar um novo “campeão nacional” ocorreram no fim de 2019. O projeto surgiu devido ao medo do governo japonês de ver suas empresas perderem mercado ao redor do mundo; isso devido a mudança rápida para carros elétricos e autônomos.



A proposta morreu antes de sequer ir para a mesa de conversas efetivamente. Os dois lados rejeitaram a ideia e o plano ainda sofreu com o caos mundial causado pelo novo coronavírus. Inclusive, a pandemia levou para baixo as vendas de todas os grupos no mundo, incluindo os japoneses.

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Do lado da Honda, a negativa vem focada especialmente na dificuldade em dissolver a complexa estrutura de acordo entre a Nissan e a Renault. Do outro lado, a Nissan estaria mais interessada em retomas às rédeas da aliança que tem com a Renault e colocá-la no eixo novamente após o escândalo Carlos Ghosn.

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Custos e novas tecnologias geram pressão

Apesar de serem gigantes em termos de vendas mundiais, as marcas japonesas estão sofrendo pressão nos últimos anos. Enquanto marcas europeias ou americanas fazem fusões ou alianças para reduzir custos e melhorar a produção de tecnologias, eles têm trabalhado sozinhos.


Na disputa por colocar nas ruas tecnologias de carros com tecnologias elétricas ou autônomas, as japonesas perderam a largada. As empresas europeias abraçaram o desenvolvimento dessas tecnologias antes. As japonesas, como Honda, Toyota e Nissan só agora começam a falar de semiautônomos e reforçaram suas apostas por mais tempo nos híbridos e insistiram em desenvolver carros movidos a células de hidrogênio.

PIXABAY
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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.