Autonomia de 830 km com uma única recarga e título de elétrico mais rápido do mundo. Essas são as principais credenciais do Lucid Air, o sedã lançado pela startup norte-americana que, nos EUA, tem preço de US$ 80 mil (cerca de R$ 420 mil na conversão direta, sem impostos). As entregas do rival direto do Tesla Model S começam no segundo trimestre de 2021.
A estreia mundial da versão de produção do sedã de luxo aconteceu nesta quarta-feira (9) trazendo quatro opções de acabamento ao mercado. Além da versão de entrada, tem também: Touring (US$ 95.000); Grand Touring (US$ 139.000) e Dream Edition. Essa última não sai por menos de US$ 169.000 – ou mais de R$ 895.000. O modelo base chega em 2022, o restante, no ano que vem.
Mas por que tão caro?
O visual futurista não é a única exclusividade do Lucid Air. Se por fora, ele é cheio de estilo, por dentro, a funcionalidade faz valer cada centavo. No habitáculo, praticamente tudo é digital, desde o painel de instrumentos, que tem tela de vidro curvo 5K com 34″, até a tela central.
É por essa última que os ocupantes podem, inclusive, controlar a climatização, que tem gerenciamento de qualidade do ar. Pretende comandar outras funções do carro, ou mesmo fazer compras? Basta interagir com o sistema Amazon Alexa.
Na cabine, tem revestimento em couro por todos os lados. E não é só isso. Acabamento em madeira e partes em aço escovado, e alumínio também fazem parte dos toques de requinte. Há ainda a promessa de incluir poltronas executivas com climatização e até massagem num futuro próximo. Tem porta-malas na frente (202 litros) e atrás (456 litros).
Baterias e autonomia
A condução semi-autônoma é de nível 2, mas, num curto espaço de tempo, a promessa é avançar para o nível 3. O que isso quer dizer? Que há recursos como controle de cruzeiro adaptativo e assistentes de saída de faixa, frenagem e estacionamento automatizado.
O Air é um dos dos primeiros veículos de produção em série a trazer o rastreador laser Lidar. Este é um sensor que detecta obstáculos e objetos na via e, aqui, age por meio de 32 sensores. E, por falar em tecnologia, claro, não podemos deixar de lado a propulsão. Antes, um detalhe. O Air pode vir com carregador rápido de 300 kW, onde é possível recarregar as baterias, de 900 volts, em 20 minutos. O período rende autonomia de 480 km.
No total, são 22 módulos de bateria no Air. Somados, criam 110 kWh. Para efeito de comparação, no Tesla Model S são 100 kWh. E tem a tecnologia de energia bidirecional. Ou seja, o Lucid Air pode tanto ser recarregado em casa, quanto fornecer energia para casa do proprietário.
O modelo mais básico não teve dados revelados pela marca. Mas o Air Touring, contudo, gera 620 cv de potência. A autonomia ronda os 650 km. Ainda sobre dados, até os 100 km/h são gastos 3,2 segundos. A velocidade máxima aqui é de 250 km/h.
Na versão Grand Touring, o motor gera 800 cv e atinge os 100 km/ em 3 segundos e 270 km/h de velocidade final. As baterias rendem autonomia de 832 km. Mas a cereja do bolo está na configuração Dream Edition, de impressionares 1.080 cavalos. Nele, são gastos apenas 2,5 segundos para chegar aos 100 km/h. Sua autonomia máxima é de 810 km, de acordo com informações da marca.
SUV na manga da Lucid
A ideia da Lucid não é só colocar no mercado um sedã que ultrapasse o Tesla Model S em eficiência, conforto e tecnologia. Outra carta na maga vem em forma de SUV. Mas não há qualquer informação além de uma imagem, divulgada (abaixo). Seu nome, até o momento, é Project Gravity.
Cabe salientar que a empresa é liderada por Peter Rawlinson. O executivo é ninguém menos que o chefe de engenharia do Tesla Model S. Ou seja, vem briga boa por aí.