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Maserati Grecale chega em 2021 e pode vir ao Brasil
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Maserati Grecale chega em 2021 e pode vir ao Brasil

SUV ficará posicionado abaixo do Levante e compartilhará plataforma com o Alfa Romeo Stelvio. Nome Grecale tem origem em vento do Mar Mediterrâneo

Redação

11 de set, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Grecale
Maserati revela teaser do SUV Grecale
Crédito:Maserati/Divulgação

Já foi o tempo em que as marcas investiam em modelos específicos. Há alguns anos, era inimaginável pensar que montadoras tradicionais como Ferrari, Lamborhini e Maserati lançassem SUVs. Porém, para esta última – assim como para a Porsche – essa realidade é tão presente que já se fala em um segundo modelo. Posicionado abaixo do Levante, o Grecale é a próxima aposta da marca do tridente.

A informação foi anunciada durante a apresentação do esportivo MC20, nesta semana. A italiana revelou que lançará 16 veículos nos próximos quatro anos. Treze deles serão inéditos, como o Grecale, que será construído na mesma fábrica do Alfa Romeo Stelvio – ambas as marcas pertencem ao Grupo FCA. O complexo fica em Cassino, na Itália.

E não é só isso. Com o primo, o Grecale compartilhará, também, a plataforma Giorgio e diversos componentes. Será que isso incluiria o motor V6 3.0 com dois turbos, feito pela Ferrari e usado na versão Quadrifoglio do Stelvio? Caso positivo, pode-se esperar desempenho semelhante. No Alfa Romeo, são 510 cv de potência e um a 100 km/h em menos de 4 segundos.

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Mas é bem verdade que tal solução seria improvável, afinal, a Maserati já tem seu trem de força Nettuno (em referência ao tridente, que é símbolo da marca). Incluso no MC20, o 3.0 V6 tem dois turbos e gera 630 cv de potência. São 74,4 mkgf de torque a partir dos 3.000 rpm.

Ainda não é possível saber o que haverá de especial no Grecale, afinal, a fabricante divulgou apenas um teaser. Na ocasião, afirmou que o novato será o SUV mais prático e funcional da sua categoria, porém, sem abrir mão do requinte e do luxo.

O que se sabe é que o modelo, que tem porte de Porsche Macan, pode vir ao Brasil, afinal, esse tipo de modelo caiu no gosto do público e, hoje, detém cerca de 27% do mercado, de acordo com dados da Fenabrave, que reúne os distribuidores de veículos do País. Em números, perde apenas para veículos de entrada/hatches.


Origem do nome Grecale

Grecale é o nome de um vento do nordeste do Mar Mediterrâneo. Para quem não se lembra, isso é tradição na Maserati, vide as denominações de outros veículos como Ghibli, Bora e o próprio Levante.

Depois de revelar até mesmo a produção de seu primeiro híbrido (Ghibli Hybrid), a marca italiana vem com tudo. E, para essa nova era, mostrou ainda a silhueta do próximo Gran Turismo. O objetivo da Maserati é lançar o esportivo já no ano que vem.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”