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Citroën C4 Cactus sai de linha na Europa, mas viverá no Brasil
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Citroën C4 Cactus sai de linha na Europa, mas viverá no Brasil

SUV compacto da marca francesa deixará de ser produzido na Espanha após seis anos junto com C4 Picasso

Diogo de Oliveira, special para o Jornal do Carro

18 de set, 2020 · 3 minutos de leitura.

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c4 cactus
C4 CACTUS DÁ ADEUS AOS MERCADOS DA EUROPA
Crédito:Citroën/Divulgação

A Citroën vai encerrar até o fim deste mês a produção de três modelos na Europa, informa reportagem do site francês Largus. Com o lançamento da nova geração do médio C4, a marca aposenta o C4 Cactus e a minivan C4 Sport Tourer, que foi vendida também por aqui como C4 Picasso.

Além dos dois modelos da velha gama C4, a Citroën vai tirar de linha o veterano C-Zero; um pequeno hatch elétrico baseado no japonês Mitsubishi i-MiEV. Vendido há dez anos, o carrinho está defasado e não faz mais sentido oferecê-lo com tantas novidades. Evidentemente, as baixas vendas também contribuíram para a decisão da empresa. O trio perdeu volume nos últimos anos e a pandemia jogou a pá de cal.

No caso da minivan C4 Picasso, a Citroën decidiu manter em linha apenas a versão de sete lugares, Grand Space Tourer, um reflexo das boas vendas do SUV C5 Aircross, que vem absorvendo os clientes de monovolumes. Já o C4 Cactus perdeu a razão de existir com a chegada da nova geração do C4, que deixa de ser um hatch médio tradicional para adotar traços e características de SUV.

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Atraso no Brasil, C4 Cactus continua por aqui

Com a despedida na Europa, o C4 Cactus seguirá em linha apenas no Brasil, na fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, no Rio de Janeiro. Similar ao europeu, o Cactus brasileiro demorou muito a chegar por aqui. Ele estreou quase quatro anos depois do original, em setembro de 2018. Por isso, quando foi lançado já trouxe a reestilização de “meia vida” promovida em 2018.

Para a filial brasileira, o Cactus é atualmente o produto mais importante, o único que tem conseguido algum volume. Por causa da pandemia, as vendas de 2020 estão cabisbaixas – apenas 6.720 unidades foram emplacadas até agosto. Em 2019, seu único “ano cheio”, o crossover somou 16.438 unidades, praticamente salvando o ano (e as finanças) da Citroën no Brasil.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”