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Carros elétricos do grupo Volkswagen surpreendem pelo alto interesse
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Carros elétricos do grupo Volkswagen surpreendem pelo alto interesse

VW ID.4 derrubou site de vendas nos Estados Unidos e Porsche Taycan foi o mais emplacado da marca em agosto, na Europa

Vagner Aquino

25 de set, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen ID.4
Volkswagen vai fabricar os chips e o software dos seus carros autônomos no futuro
Crédito:Volkswagen/Divulgação

O Volkswagen ID.4, lançado nesta semana, gerou tanto interesse na clientela que, por conta do alto número de reservas, o site oficial da marca nos EUA saiu do ar. Isso porque o carro elétrico só chega às mãos dos compradores entre o fim deste ano e o começo de 2021. E não é só isso. Também pertencente ao grupo Volkswagen, a Porsche está nadando de braçada. O recém-lançado Taycan acaba de se tornar o modelo mais vendido da marca na Europa.



No caso do ID.4, a Volkswagen chegou a pedir desculpas (pela falha no sistema) por meio de redes sociais. Horas depois, a marca postou novo comunicado anunciando o retorno do programa de vendas. A taxa de US$ 100 (R$ 550), era reembolsável. Cabe salientar que o ID.4 First, com pacote de itens exclusivos, já se esgotou – mesmo custando mais de US$ 40 mil (R$ 220 mil em conversão direta, sem taxas). O elétrico tem 204 cv e é alimentado por uma bateria de 77 kWh. A autonomia declarada é de 520 km.

No mais, o SUV – que tem 21 centímetros de altura em relação ao solo – mede 4,58 metros de comprimento. O porta-malas tem capacidade para 543 litros de bagagem. A marca informa que até os 100 km/h são gastos 8,5 segundos. E a velocidade máxima é de 160 km/h.

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Porsche

Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, quando várias pessoas perderam renda mensal, e várias empresas quebraram, a Porsche foi na contramão e está vendendo como nunca. Só no primeiro semestre do ano, a marca vendeu mais unidades do 911 do que no ano anterior.

volkswagen


De acordo com a marca, isso se deve aos novos produtos. O Porsche 911 Turbo e o próprio Taycan foram os principais responsáveis pelo feito. Este último, aliás, no mês de agosto, ultrapassou os irmãos Panamera e até o SUV Cayenne. Foram vendidas 1.183 unidades do esportivo elétrico no mês passado, na Europa.

Outros números dentro da Volkswagen

Se você se surpreendeu porque a chegada do ID.4 quebrou a internet, cabe relembrar que o ID.3 trouxe nova clientela à Volkswagen. No comecinho do mês passado, 85% das reservas feitas para o hatch recém-lançado vieram de novos clientes. A marca aponta que, das 37 mil reservas, cerca de 31.500 foram de pessoas que nunca tiveram um VW na vida. O modelo, aliás, superou o Golf e se tornou o carro mais vendido no varejo, na Alemanha.

Volkswagen


“O ID.3 se destacou com uma população que é mais jovem do que a média do consumidor da VW, que é de aproximadamente 58 anos”, destacou, Jürgen Stackmann, à epoca chefe de vendas da marca VW dentro do grupo. O executivo afirmou também que e-Golf e e-Up! (as versões eletrificadas dos respectivos modelos) também já estavam esgotados.

Desde que o caso do Dieselgate veio à tona, o Grupo VW está focado em acelerar o processo de eletrificação em sua gama de modelos. Até mesmo para evitar multas por parte da União Europeia. Houve imposição de rígidos limites de emissões de poluentes às fabricantes locais.

O objetivo da empresa é superar a Tesla – que emplacou 90 mil carros no último trimestre – e se tornar a maior fabricante de carros elétricos no mundo. A pretensão é grande, mas em meio ao atual cenário de incertezas, nada é impossível.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.