Em maio, a Volkswagen precisou retirar uma propaganda do Golf de sua página oficial no Instagram, por conta de racismo. Agora, o assunto é nazismo. A parede da concessionária Coyoacán, na Cidade do México (México), estava decorada com um quadro que retratava uma celebração nazista. O conteúdo, por sua vez, foi postado em uma rede social por um cliente, resultando no corte de relações entre a montadora e o distribuidor.
A Volkswagen mexicana disse, em comunicado, que condenou a imagem exposta no local. Tratava-se de um pôster com uma fotografia de um Fusca cercado por soldados nazistas e várias bandeiras com suásticas (abaixo). A marca aproveitou, ainda, para enfatizar seu compromisso com a defesa da dignidade humana.
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“Desaprovamos o uso da imagem vista nas instalações. Ela mostra um regime que enfatizava o ódio e a discriminação, em uma época da história que, felizmente, ficou para trás”, disse o comunicado da subsidiária mexicana da Volkswagen. A revenda, por sua vez, não se manifestou sobre o caso.
Além do repúdio da própria Volkswagen, grupos passaram a se manifestar sobre o fato. Uma organização judaica, pioneira na luta contra o nazismo e em memória das vítimas do Holocausto, comemorou a decisão. “O mais apropriado foi reagir rapidamente em memória das vítimas da barbárienazista, como uma mensagem clara ao mundo”, disse o Centro Simon Wiesenthal, em comunicado à Volkswagen do México.
Entenda a história do Volkswagen Fusca
Fundada na década de 1930, a Volkswagen recebeu a missão de construir o “carro do povo”. Foi assim, por encomenda do ditador nazista Adolf Hitler, que o primeiro Fusca foi desenvolvido pelo engenheiro austríaco Ferdinand Porsche. O nome do engenheiro não é coincidência, Porsche foi o criado da marca de esportivos que hoje pertece ao grupo