A BMW está trazendo da Alemanha a Sport Touring R 1250 RT em duas versões. A Premium custa R$ 165.750, enquanto a Premium com pacote 719 Option sai por R$ 178.750. A primeira está disponível apenas na cor branca, enquanto a segunda – como a avaliada – vem na cor azul planet com detalhes exclusivos na pintura, banco de couro bege e tampas do motor e dos cabeçotes usinadas.
Embora a moto agrade em vários aspectos, ela chega ao Brasil com atraso de quase dois anos. Pior: ela estreia ao mesmo tempo em que o modelo reestilizado e mais completo é mostrado na Europa (leia mais sobre as novidades abaixo). Por aqui, a marca alemã deixou de oferecer a antecessora R 1200 RT em 2014, apesar de ela ter continuado em produção na Europa até o final de 2018.
A categoria sport touring mescla conforto para viajar com pitadas de esportividade. A R 1250 RT divide a mecânica com a big trail R 1250 GS. É o caso do motor de dois cilindros opostos (boxer) de 1.254 cm³, que rende 136 cv de potência, 14,5 mkgf de torque e tem comando de válvulas variável. Ele faz toda a diferença na nova RT.
Enquanto o antigo motor tinha respostas ríspidas, o novo tem reações mais suaves. Até os 4.900 rpm o motor trabalha na característica “touring” da moto, com entrega tranquila. A partir dos 5.000 rpm é que ele mostra a verve esportiva, deixando inclusive o ronco diferente.
TABA BENEDICTO/ESTADÃO
São três modos de condução: rain (chuva), road (normal) e dynamic (esportivo). Eles mudam a resposta do acelerador sem alterar a entrega de potência e torque. No dia da avaliação o clima teve tanta variação que permitiu o uso das três possibilidade. Foi possível testar na prática como o modo “rain” é o ideal para uma entrega mais suave para subir uma serra com piso molhado.
Em estrada aberta, o dynamic tem as melhores reações. Na cidade, o ideal é o road, com uma resposta adequada para o uso urbano. O câmbio de seis marchas tem bom escalonamento e casou bem com o motor boxer. Além da embreagem com assistência hidráulica, traz o quickshift de série. Com isso é possível subir ou descer marchas sem acionar o manete da embreagem.
TABA BENEDICTO/ESTADÃO
Suspensão e conforto
Falando de conforto, a suspensão eletrônica ESA agora faz o ajuste automático de pré-carga. A moto consegue “perceber” se está levando apenas o piloto, piloto e garupa, piloto e malas, piloto, garupa e malas. O condutor pode ainda escolher entre os modos “road” e “dynamic” de amortecimento ou deixar que ele seja alterado automaticamente, de acordo com o modo de condução.
A posição de guiar é confortável. O banco é largo e com boa densidade. As pernas ficam recuadas, mas sem exageros. O espaço para o garupa é largo como uma poltrona e as alças para segurar são amplas e bem posicionadas. Na estrada, o para-brisa com ajuste de altura elétrico ajuda bem a desviar o vento, principalmente do piloto.
Com uma posição de guiar confortável, ainda assim é possível abusar bastante da R 1250 RT nas curvas. Ela aceita uma tocada mais agressiva, mesmo com as malas laterais. O que limita a inclinação não são as malas, mas os cabeçotes do motor. Acessar os comandos e funções é fácil com o seletor giratório na mão esquerda. A ergonomia dos demais controles também é boa e a visibilidade do painel de instrumentos é bem prática. No lado esquerdo da carenagem há botões de acesso rápido ao sistema de rádio.
TABA BENEDICTO/ESTADÃO
Itens de série
Entre os itens de série da R 1250 RT estão a chave presencial com partida por botão, manoplas e bancos aquecidos, luzes de LEDs, leitor de pressão dos pneus, controle automático de velocidade, controle de tração, assistente de partida em rampa e de freio dinâmico, que aplica pressão no freio traseiro e reduz o torque do motor, em caso de frenagem de emergência.
Há ainda travamento elétrico das malas e dos porta-objetos e sistema de som com Bluetooth. Nesse caso, porém, ele só serve para conectar com o comunicador. Para e não com o smartphone; cujo pareamento precisa ser por cabo USB ou de som. A lista fica completa com a preparação para GPS no painel, desde que ele seja da própria BMW.
TABA BENEDICTO/ESTADÃO
Nova R 1250 RT é mostrada na Europa
Esta semana, a BMW mostrou na Europa a versão reestilizada e com mais tecnologias do modelo. O visual da carenagem e dos faróis é novo e está mais agressivo.
A mecânica foi mantida, mas há painel 100% digital com TFT colorido, modo de condução ECO, faróis de LEDs com função curva, sistema ABS mais moderno, que aciona simultaneamente os freios dianteiro e traseiro, mesmo que o condutor apertar só o manete ou o pedal. Além disso, ele recebeu função curva, que permite frear com a moto inclinada com mais segurança.
Outras novidades são o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo. Nesse caso, ela segue o ritmo do veículo da frente. Além disso, o sistema traz a função Dynamic Cruise Control. Nele, a velocidade pré-selecionada é mantida, mesmo em descidas. Se o freio motor não for suficiente, a moto sozinha aplica freio nas rodas para manter a velocidade estabelecida.
Apesar de parecer mais pesada e lenta, a R 1250 RT tem reações rápidas, é mais prática do aparenta e oferece conforto com uma pitada de esportividade.
CONTRAS – DESATUALIZADA
Apesar das qualidades, a versão que acabou de sair na Europa tem mais equipamentos, está mais tecnológica, tem novo visual e mantém os predicados da atual.
Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?
Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade
26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.
Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.
Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.
Centro de gravidade
Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.
Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento.
E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.
Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:
– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.
– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.
– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.
– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.
– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.
