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Volkswagen Gol sofre reajustes e passa dos R$ 76 mil
Mercado

Volkswagen Gol sofre reajustes e passa dos R$ 76 mil

Alta na Volkswagen é acompanhada pelos irmãos Voyage e Saveiro que, respectivamente partem de R$ 66.600 e R$ 61.790; hatch completo chega a R$ 76.310

Vagner Aquino

04 de fev, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Volkswagen
Volkswagen Gol já passa dos R$ 56 mil na versão básica
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Mesmo que um veículo seja fabricado no Brasil, a alta do dólar (hoje, cotado a R$ 5,41) sempre será apontada como uma das principais vilãs para o aumento de preços. A frequência, entretanto, vem assustando. Não é difícil se deparar com reajustes nos sites das montadoras – quase nunca divulgados, aliás. O mais recente foi feito (novamente) pela Volkswagen que, de uma vez só, elevou a tabela do Gol, Voyage e Saveiro.

Agora, o hatch da Volkswagen não sai por menos de R$ 56.190 ante os R$ 54.150 até então cobrados pela variante de entrada 1.0 MPI. O aumento foi de R$ 2.040. Mas a Volkswagen não mexeu na lista de equipamentos. O modelo tem 84 cv de potência máxima (etanol). Na lista de série, vem com rodas aro 14″ com calotas e apenas preparação para som. Em contrapartida, tem ar-condicionado e direção hidráulica.



Com transmissão automática, a variante mais cara do Gol (1.6 MSI Automático), contudo, foi de R$ 66.050 para R$ 68.490. No pacote completo, com cor metálica e itens como sensor de estacionamento traseiro e sistema de som touch screen (tela de 6,5″), chega a custar R$ 76.310.

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Outras altas na Volkswagen

O Voyage básico (1.0 MPI), a princípio, agora custa R$ 66.600, graças ao salgado aumento de R$ 3.510. A versão intermediária 1.6 MSI foi de R$ 67.990 para R$ 70.050 e, na 1.6 MSI Automática, preço atual é de R$ 75.390. Antes, R$ 73.190.

Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

No caso da Saveiro, no entanto, o principal destaque vai para a versão topo de linha Cross 1.6 MSI, que está cada vez mais perto de encostar nos R$ 100 mil. Por R$ 97.850, a picape ficou R$ 2.860 mais cara que o preço praticado anteriormente. Isso, claro, sem alterar qualquer característica. Nas demais versões, o comercial leve teve oscilações entre R$ 1.800 e R$ 2.260, dependendo da configuração


Abaixo, você confere a tabela completa dos três modelos:

Gol 1.0 MPI: R$ 56.190 (aumento de R$ 2.040)
Gol 1.6 MSI: R$ 63.090 (+ R$ 2.240)
Gol 1.6 MSI Automático: R$ 68.490 (+ R$ 2.440)
Voyage 1.0 MPI: R$ 66.600 (+ R$ 3.510)
Voyage 1.6 MSI: R$ 70.050 (+ R$ 2.060)
Voyage 1.6 MSI Automático: R$ 75.390 (+ R$ 2.200)
Saveiro Robust CS 1.6 MSI: R$ 61.790 (+ R$ 1.800)
Saveiro Robust CD 1.6 MSI: R$ 76.850 (+ R$ 2.260)
Saveiro Trendline CS 1.6 MSI: R$ 74.250 (+ R$ 2.160)
Saveiro Cross 1.6 MSI: R$ 97.850 (+ R$ 2.860)

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”