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Mitsubishi Outlander troca de geração com forte influência da Nissan e ganha visual ainda mais robusto
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Mitsubishi Outlander troca de geração com forte influência da Nissan e ganha visual ainda mais robusto

Com estreia on-line pela Amazon novo SUV da Mitsubishi adota características de modelos do passado e compartilha motor e equipamentos com Nissan Rogue

Emily Nery, para o Jornal do Carro

18 de fev, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Novo Mitsubishi Outlander 2022
Novo Mitsubishi Outlander 2022
Crédito:Divulgação/Mitsubishi

Depois de muita especulação, a Mitsubishi finalmente apresentou a nova geração do Outlander. Dotado de um visual bastante chamativo, ele traz referências de Pajero, do Lancer Evolution X e até da Nissan. O fato é que o veículo veio para tentar reconquistar o mercado norte-americano. E quem sabe, de quebra, o brasileiro.

A atualização veio em um bom momento: desde 2012 que o Outlander não trocava de geração. Nesse ínterim, surgiu a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi para compartilhamento de plataformas, motores e tecnologia. O novo SUV compartilha a base modular, equipamentos e até motor com o Rogue.

De qualquer forma, seu conceito visual se baseia no protótipo Engelberg Tourer, apresentado no Salão de Tóquio de 2019. O conceito Dynamic Shield foi a grande inspiração para a dianteira, que adota uma grade frontal musculosa e extravagante.

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Novo Mitsubishi Outlander 2022
Divulgação/Mitsubishi

A grade fica entre dois enormes elementos cromados que se assemelham a letra C, uma alusão ao antigo Pajero, de acordo com a montadora. Na parte interna desse molde ficam os faróis, enquanto as luzes diurnas passam para a porção de cima da dianteira e se unem ao “C” cromado.

A traseira, por sua vez, é mais discreta. As lanternas ficaram mais finas e menores. O pára-choque também mudou o formato e, em vez de preto, ele está prateado. Falando em cores, a Mitsubishi disponibilizou oito opções de cores para a carroceria, na maioria em tons pratas e pretos.


Outlander 2022
Divulgação/Mitsubishi

Outlander oferece 7 lugares de série

Um dos principais destaques dessa nova geração é mudança no número de ocupantes no SUV. Anteriormente, o modelo oferecia versões com 5 e 7 passageiros. Contudo, agora a carroceria com 3 fileiras é de série.

Além disso, a Mitsubishi resolveu apostar na sofisticação da cabine. O cliente pode escolher entre dois acabamentos, dos quais um utiliza tons de ocre com preto, enquanto o segundo é totalmente branco.


Novo Mitsubishi Outlander 2022
Divulgação/Mitsubishi

No painel, chamam atenção os dois grandes visores. Agora acoplada na parte de cima do painel, a central multimídia com tela de 12,3″ oferece aparelhamento sem fio com Apple CarPlay e por cabo com Android Auto. Já o painel de instrumentos de 9″ é totalmente digital.

No centro do console, há um botão giratório que permite que o motorista escolha um entre os seis modos de direção.


Motorização pode decepcionar

Sob o capô, o motor pode desapontar por não ir de acordo com seu DNA radical. Ele se trata do PR25DD, o mesmo que equipa o Nissan X-Trail, que é um quatro cilindros de 2,5 litros que gera até 184 cv e 24,9 mkgf. Desse modo, o câmbio é CVT que simula oito machas.

Sem surpresas, o Outlander oferecer as opções de tração dianteira ou integral, o chamado Super All-Wheel Control 4WD.

Outlander 2022
Divulgação/Mitsubishi

Vinda incerta ao Brasil

É certo que a nova geração tem foco total no mercado norte-americano. A Mitsubishi vendeu 27% menos carros em 2020 em comparação com 2019. Com modelos e plataformas desatualizadas, a fabricante japonesa perdeu o fôlego nas vendas.

Contudo, essa situação não foi específica dos EUA. Por aqui, o Outlander já viveu dias melhores. Em 2015, o utilitário esportivo chegou a emplacar mais de 8.200 unidades e ficou entre os 10 SUVs mais vendidos no ano. No entanto, a Mitsubishi não chegou a vender nem um terço desse número em 2020. O acumulado registrou apenas 1.998 unidades emplacadas.

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Em virtude de ter vendido pouco nos últimos anos, a vinda do Outlander ao Brasil é incerta

As tímidas vendas podem ser um fator negativo para vinda do SUV, de modo que a aliança priorize veículos que podem fazer mais sucesso por aqui. Mas, se o produto vier ao Brasil, ele deve chegar só em 2022.

O modelo começará a ser vendido em abril nos EUA e, só então, saberemos seu preço global se podemos esperar um outro conjunto mecânico mais emocionante em um segundo momento.




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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”