Você está lendo...
Crise Energética no Texas faz custo de recarga de carros elétricos custar R$ 5 mil
Notícias

Crise Energética no Texas faz custo de recarga de carros elétricos custar R$ 5 mil

Com a falta de energia elétrica no Texas, o custo da recarga das baterias de modelos como o Tesla Model S dispara e pode chegar a US$ 900

Diogo de Oliveira, e Thiago Ramos, Especial para o Estado

01 de mar, 2021 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

eletrificados
Maio teve recorde histórico de vendas de veículos leves eletrificados
Crédito:Pixabay/Divulgação

Apelidado pelos próprios norte-americanos de “estrela solitária”, devido à configuração da sua bandeira, o Texas está literalmente sozinho em meio uma crise energética. Um cenário impensável para a realidade do estado norte-americano, que é o maior produtor de petróleo do país. E apresenta cenários de deserto, floresta e litoral banhado pelo Golfo do México.

A recente nevasca, que derrubou as médias de temperatura para baixo de zero grau, fez a região norte do Texas entrar em colapso. A procura por combustível e energia, assim, fez com que os preços disparassem no estado como um todo. E, particularmente, para a recarga dos carros elétricos a situação tem sido crítica.



Preço do megawatt sobe 18.000%

Por causa da falta de energia, o preço do megawatt hora no Texas subiu aproximadamente 17.900%. Antes da nevasca, o custo girava em torno de US$ 0,05. Contudo, com a alta demanda, o preço chega aos US$ 9.

Publicidade


Um aumento tão expressivo que, para alguns modelos de carros, o valor para carregar o pacote de bateria de 100 kWh pode representar um sinal na compra de um veículo novo.

Recarga do Tesla Model S pode chegar a US$ 900 no Texas
Divulgação/Tesla

Por exemplo, um Tesla Model S roda 644 km com 100 kWh, porém necessita desembolsar US$ 900 no momento de carregar as baterias com energia reajustada. Isto é, no fim, o quilômetro rodado passa a custar US$ 1,4. E assim, é impossível usar um carro elétrico com o preço.


Mesmo para um veículo considerado “mais barato”, a conta fica alta. O Nissan Leaf, por exemplo, apresenta bateria de 40 kWh, o que lhe dar autonomia de 232 km. Contudo, o custo do km rodado seria impraticável ao chegar em US$ 1,55.

Atualmente, com 30 milhões de habitantes, o Texas recebe boa parte da energia oriunda de aerogeradores que congelaram. Somado esse congelamento, as redes de distribuição de energia também não previam um inverno tão intenso, havia falta de manutenção. E, para completar, as baixas temperaturas conseguiram afetar os poços de petróleo e gás.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.