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Novo Renault Sandero tem peças registradas no Brasil
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Novo Renault Sandero tem peças registradas no Brasil

Embora o registro seja do Sandero feito pela Dacia, o hatch da Renault ganhará outro visual. Marca vai investir R$ 1,1 bilhão no Brasil

Emily Nery, Especial para o Estado

17 de mar, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Renault
Conforme planos, Dacia Sandero serviria de base para hatch da Renault no Brasil
Crédito:Dacia/Divulgação

Cerca de duas semanas após a Renault anunciar o investimento de R$ 1,1 bilhão no Brasil, e confirmar cinco lançamentos até meados de 2022, já começamos a ter sinais da chegada desses modelos ao país. Isso porque a montadora homologou nesta semana peças da nova geração do Sandero no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Embora o novo CEO da marca francesa, Luca de Meo, afirme que a Renault vai investir em segmentos mais lucrativos com alto valor agregado, ele praticamente confirmou a adoção da plataforma CMF-B no Brasil. A arquitetura modular servirá ao trio Sandero, Logan e Stepway, bem como ao próximo Duster e ao inédito SUV Bigster, um rival do Jeep Compass.

 registra peças do Sandero no INPI
Reprodução/Revista INPI

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Ainda que a fabricante não confirme diretamente a produção nacional desses modelos, partes do Sandero estão no registro. Rodas, capô, para-choques dianteiro e traseiro, portas traseiras e tampa do porta-malas agora constam na revista do INPI. Além disso, a publicação mostra a barra de teto do hatch aventureiro Stepway.

Contundo, a nova geração do hatch é vendida na Europa pela Dacia. Inclusive, o para-choque ainda leva o formato do emblema da montadora romena. Dessa forma, o registro serve apenas para proteger o desenho sob a lei e garantir seu design. Assim, a Renault ainda deverá realizar algumas mudanças estéticas no modelo.

Dacia Sandero é registrado pela  no Brasil
Divulgação/Dacia

Vale lembrar que, antes da apresentação dos renovados modelos, a marca admitiu que a nova geração do trio que será feita no Brasil seria diferente da vendida na Europa. A Renault quer resgatar um design próprio no país e distanciar seus carros dos desenhos dos modelos da Dacia.

Logan virará Taliant?

O Logan é um dos modelos que carrega a incerteza do design. Mesmo que a sua versão Dacia tenha evoluído e tenha mais tecnologia embarcada, tem um novo produto da Renault que pode ser interessante para o Brasil. Estamos falando do Taliant, a o novo Logan com o emblema do losango.

Nova geração do Renault Logan é batizada de Taliant
Renault/Divulgação

Apresentado na Turquia, o sedã é feito na plataforma CMF-B e apresenta a nova identidade visual da Renault. Contudo, carrega características visuais comuns entre os modelos da montadora, como o capô bem vincado e conjunto ótico integrado à grade e com luzes de LED em formato de “L”. Desse modo, a nova geração do Logan é claramente mais requintada do que o três volumes vendido por aqui.

Nova geração do Renault Logan é batizada de Taliant
Renault/Divulgação

Curiosamente, a Renault já registrou o Taliant no Brasil, em 2020. Ou seja, é um indicador de que a nova geração do Logan estreie no Brasil sob a prospecção da marca francesa. Outra questão fica a cargo do próximo nome: o sedã pode seguir chamando Logan ou pode levar o nome de Taliant com o intuito de marcar a nova fase da empresa e do modelo.


Da mesma forma, não há confirmação sobre o início de produção do hatch e sedã na planta de e São José dos Pinhais (PR). Entretanto, eles estão entre os cinco produtos que a Renault oferecerá no Brasil até meados de 2022.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”