Após encerrar a produção da linha Ka e do Ecosport, a Ford naturalmente vai perder volume e presença de mercado no Brasil. Entretanto, no que depender da Ranger, a marca do oval azul seguirá em destaque. A picape média feita na Argentina vive ótima fase com a chegada da Ranger Black. E, pela primeira vez, aparece à frente da rival Chevrolet S10 nas vendas.
Em abril, a Ford Ranger vendeu 2.007 unidades de acordo com a Fenabrave, associação que reúne os concessionários do País. Ou seja, a picape feita em General Pacheco perdeu somente para a — também hermana — Toyota Hilux. Líder absoluta da categoria desde 2017, a picape da marca japonesa somou 3.373 unidades no mês passado.
Já a Chevrolet S10 somou 1.987 emplacamentos em abril, mesmo tendo recebido uma atualização há cerca de seis meses. Segundo a GM, a queda nas vendas foi causada pela redução da produção em abril. A medida foi necessária por causa das restrições impostas pelo avanço da pandemia. Assim como pela falta de componentes.
Contudo, no dia 22 de abril a marca anunciou a retomada do ritmo normal de produção na fábrica de São José dos Campos (SP). Bem como o lançamento da linha 2022 da picape média. Seja como for, a marca já trabalha na renovação do modelo.
De acordo com a Fenabrave, na quarta posição aparece a Mitsubishi L200, com 1.045 emplacamentos registrados no mês passado. Feita na Argentina, a Volkswagen Amarok completa a lista das cinco médias mais vendidas. Confira o ranking de abril de 2020 e do acumulado do ano abaixo:
Top 5 (maio)
- Toyota Hilux – 3.373
- Ford Ranger – 2.007
- Chevrolet S10 – 1.987
- Mitsubishi L200 – 1.045
- Volkswagen Amarok – 864
Top 5 (acumulado do ano)
- Toyota Hilux – 12.569
- Ford Ranger – 7.626
- Chevrolet S10 – 7.518
- Mitsubishi L200 – 3.352
- Nissan Frontier – 3.225
Nova Ranger em 2023
De olho na expansão do mercado, a Ford se prepara para produzir a nova geração da Ranger na Argentina, a partir de 2023. Em recente comunicado, a princípio, a marca divulgou imagens e informações sobre a fábrica localizada em Pacheco. Lá, o investimento será de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3 bilhões na conversão direta) para fazer uma reforma geral.
De acordo com as imagens da fábrica, estão feita mudanças no prédio, instalação de novos robôs para a linha de produção e redesenho dos setores de montagem, tais como estamparia e pintura. Mesmo com a paralisação de parte da fábrica por causa das obras, a Ford contratou 256 pessoas de modo a dar conta da alta na demanda.
Cabe salientar que a Ranger atual, todavia, continuará em produção até a chegada da nova geração. Esta, por sua vez, terá 70% do total fabricado destinado à exportação para a América Latina. E isso, claro, inclui o Brasil.
Ford agora é importadora
No dia 11 de janeiro, funcionários, sindicatos, imprensa e toda a cadeia de fornecedores foi surpreendida com a decisão da Ford de encerrar a produção de carros no Brasil. Mas a história de 113 anos da marca no País (com produção local iniciada em 1919) não acabava ali. Continuam à venda os modelos importados, como Mustang, Ranger e Territory. Além disso, a marca lançará novidades como o SUV 4×4 Bronco.
Atualizada em 12/5/2021 às 20h20