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GM prepara lançamento do novo Chevrolet Bolt e seu SUV elétrico no Brasil
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GM prepara lançamento do novo Chevrolet Bolt e seu SUV elétrico no Brasil

Com a nova geração do Chevrolet Bolt e sua inédita verão SUV a caminho, GM vai triplicar concessionárias para elétricos no Brasil

Redação, Com Mattheus Reis, Especial para o Jornal do Carro

16 de jun, 2021 · 8 minutos de leitura.

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elétricos
Chevrolet prepara rede de concessionárias no Brasil para traz a nova geração do Chevrolet Bolt e a inédita versão Bolt EUV
Crédito:Chevrolet/Divulgação

A General Motors está engajada na eletrificação da marca Chevrolet, e o Brasil não está de fora. Apesar de o país ainda não ter políticas reais de incentivo aos carros elétricos, a montadora vai ampliar a rede de concessionárias habilitadas a trabalhar com estes modelos. Mas o plano da GM não é em vão: a empresa tem dois lançamentos no horizonte.

Tal como antecipamos aqui no Jornal do Carro, a marca da gravata dourada planeja vender no Brasil a nova geração do Chevrolet Bolt, bem como o inédito Bolt EUV, versão mais alta e com jeito de utilitário esportivo. Os modelos foram revelados em fevereiro e, assim, serão lançados em breve nos Estados Unidos. Dessa forma, a chegada de ambos no Brasil é uma questão de tempo — e deve acontecer até o início de 2022.



Rede triplicada

Portanto, a GM planeja triplicar o número de concessionárias para vender e dar assistência técnica aos veículos elétricos da Chevrolet. Até agora, eram 26 revendedoras, contudo, a partir de junho, a empresa vai expandir o investimento para alcançar 79 pontos no país.

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A fase inicial do projeto vai envolver 14 cidades de sete estados e do Distrito
Federal. Com a ampliação da rede, cerca de 50 municípios serão, então, contemplados no interior de São Paulo e nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Na rede de concessionárias habilitadas, os elétricos ficam, assim, no mesmo salão com os demais modelos.

GM Chevrolet Bolt elétrico
Chevrolet/Divulgação

“A GM tem o compromisso de liderar a eletrificação na região, e o aumento do número de concessionárias habilitadas é um elemento importante dentro desta estratégia. Com isso, a Chevrolet se consolida como a maior e mais capilarizada rede especializada em veículos elétricos do Brasil”, afirma Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.


Se os planos da marca estão avançando, é tudo obra da primeira geração do Bolt EV, que segue à venda no Brasil. O hatch foi o primeiro carro puramente elétrico da marca. Aqui, chegou às lojas em 2019 e, já em 2020, foi o veículo elétrico mais vendido do país no segmento.

Eletrificação total

A GM embarcou em um ambicioso plano para zerar a emissão de carbono na empresa. Para tanto, a partir de 2035, vai comercializar somente veículos que não emitam gases causadores do efeito estufa. Na fábrica localizada em Detroit, a produção do elétrico Bolt acontece na mesma linha de carros à combustão, com exceção da instalação das baterias.

Ao todo, a GM vai investir US$ 27 bilhões (R$ 136 bilhões) no desenvolvimento de carros elétricos. Cerca de 30 novos modelos vão ser lançados até 2025. Por enquanto, não está prevista a produção de carros elétricos no Brasil, apenas a importação, apesar de o Brasil ser o segundo maior mercado global da empresa.


GM Chevrolet Bolt elétrico
Chevrolet/Divulgação

Quem é o Chevrolet Bolt?

O Bolt já tem mais de cem mil unidades comercializadas no mundo. O hatch é equipado com um motor de 203 cv de potência e baterias de 66 kWh. Este conjunto lhe permitem acelerar de 0 a 100 km em cerca de 7 segundos e percorrer aproximadamente 416 km com a carga completa.

Poucos incentivos no Brasil

O Brasil apresenta poucos incentivos em relação à Europa, onde a venda de
elétricos dobrou no ano passado, segundo a Associação de Montadoras Europeias de Automóveis (ACEA). De 28 países da União Europeia, oito oferecem, assim, algum bônus a quem compra um carro elétrico ou híbrido.


A Alemanha paga até 9.000 euros do preço do veículo. Ainda na Europa, os elétricos não pagam pedágio urbanos em capitais como Londres. Incentivos fizeram as vendas de carros elétricos em geral cresceram 297% no mundo, entre 2015 e 2020, segundo a consultoria de estatísticas Statista.

No País, apenas a taxa de importação é isenta. Antes alíquota era de 35%. Em doze estados, há desconto ou abatimento total de IPVA para os carros elétricos, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Entretanto, em São Paulo, o governador João Dória vetou um projeto de lei que isentava carros elétricos de pagarem IPVA.

Esse texto também previa, então, tornar elétrica 10% da frota veicular das Polícias Militar e Civil, e do Detran até 2025, bem como 5% do sistema de transporte coletivo. Dória alegou que o veto se deu por falta de estimativas sobre o impacto da renúncia do IPVA para carros elétricos no orçamento.


Já o projeto de Lei 3174/20, de autoria do deputado Marreca Filho (Patriota-MA), prevê o corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), assim como uma criação de linhas de crédito para a produção de elétricos no País. No entanto, o projeto está na comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços desde março.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”