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Fórmula 1? Porsche vai entrar na “corrida espacial” de Elon Musk e Jeff Bezos
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Fórmula 1? Porsche vai entrar na “corrida espacial” de Elon Musk e Jeff Bezos

Porsche pretende produzir foguetes por meio de investimento em uma startup alemã que pretende rivalizar com a Blue Origin e a SpaceX

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

01 de ago, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Porsche
Porsche investe em nova empresa rumo ao espaço em busca de novas tecnologias
Crédito:Porsche/Divulgação

Depois da SpaceX e da Blue Origin, a Porsche pode ser a próxima a ir ao espaço. A montadora anunciou um investimento – em conjunto com outra empresa – de US$ 75 milhões (pouco mais de R$ 380 milhões, na conversão direta) na Isar Aerospace, startup alemã que pretende concorrer com as famosas empresas espaciais dos bilionários Elon Musk e Jeff Bezos.

A princípio, a Isar Aerospace vai desenvolver foguetes para lançamentos de pequenos satélites na órbita terrestre. Nada de viagens tripuladas ao espaço, como fez a Blue Origin no fim de julho (leia aqui). Mas os primeiros voos de teste estão previstos para 2022.

elétrico
Reprodução/Internet

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De acordo com a Isar Aerospace, o financiamento permitirá investimento em infraestrutura de lançamento, teste e fabricação para sua produção de foguetes. A expectativa, no entanto, é que a demanda comercial pelo lançamento de satélites cresça significativamente nos próximos anos. Isso é resultado da vasta tecnologia empregada nos mais diversos serviços hoje em dia. Para contextualizar, um carro com wi-fi, por exemplo, depende de satélite.

Porsche pode estar de olho em tecnologias

Nesse sentido, a Porsche, no ramo de automóveis, aposta suas fichas nos carros elétricos para concorrer com a Tesla, cujo proprietário é Elon Musk. E há também outras concorrentes que estão a caminho, como a Rivian, que é a aposta de Bezos. Esta, no entanto, com a picape R1T e o SUV R1S no portfólio, também é rival da Tesla.

porsche
Rivian/Divulgação

Do lado da Porsche, a empresa acredita que essa experiência espacial será peça-chave para o desenvolvimento de novas tecnologias. Elas, certamente, estarão presentes nos carros do futuro. A Porsche, afinal, apostará forte em eletrificação. No Brasil, seu primeiro modelo 100% elétrico, o Taycan, chegou há exatamente um ano.

Para Lutz Meschke, vice-presidente da Porsche e responsável pela área de investimentos, o acesso flexível e econômico ao espaço facilitará a inovação em vários setores da indústria. “Com a Isar Aerospace, estamos investindo em uma empresa bem posicionada para se estabelecer como um fabricante europeu líder de veículos de lançamento”, poderou, em comunicado.

A empresa, que já lançou dois satélites em órbita em nome do governo alemão, receberá ainda mais dinheiro. O financiamento total da segunda rodada vai para 165 milhões de dólares. O valor dá quase R$ 840 milhões na conversão direta.


Porsche
Porsche/Divulgação

Como é o Porsche Taycan?

Sucesso de vendas. Assim é definido o Porsche Taycan. No Brasil, aliás, se posicionou como o elétrico mais vendido. Com autonomia total estimada em 308 km, o modelo é disponível por aqui nas versões: Taycan, Taycan 4 Cross Turismo, Taycan 4S, Taycan Turbo e Taycan Turbo S.

Com motor de 408 cv (300 kW), o Taycan chega aos 100 km/h em 5,4 segundos. Atinge 230 km/h de velocidade máxima. Preços partem de R$ 615 mil.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.