De uma participação modesta no mercado brasileiro, a Caoa Chery passou a ter representatividade no País. Hoje, a marca criada no fim de 2018, após a compra da operação brasileira da Chery pelo grupo Caoa, já tem 2,3% de participação no mercado de automóveis e comerciais leves. Fundamental para esse crescimento é a gama de veículos, repleta de produtos diversificados e de qualidade. Para crescer ainda mais os emplacamentos, a marca lança o novo sedã médio, Arrizo 6 Pro.
Enquanto quase 100% das montadoras investe em SUVs, a marca sino-brasileira busca um pedaço das vendas de sedãs médios. Dominada pelo Toyota Corolla (com 55,5% de participação), a categoria reúne bons produtos, como Honda Civic, Chevrolet Cruze e também o Arrizo 6 GSX, de R$ 122 mil, que estreou há pouco mais de um ano.
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Com produção em Jacareí (SP), o Arrizo 6 Pro não é apenas uma evolução da versão GSX. Para a Caoa Chery, trata-se de um novo produto, com o objetivo de oferecer mais conforto e sofisticação. Por isso, chega mais caro, com preço sugerido de R$ 139.990. Entretanto, como de praxe, o valor de lançamento é menor: R$ 134.990 promocionais.
Detalhes
O Arrizo 6 Pro naturalmente é bem parecido com o GSX, mas traz uma série de novidades. No visual, o sedã se destaca pela grade dianteira com “formato flutuante”. Ou seja, sai de cena a barra cromada que dividia a grelha ao meio. Ainda na frente, os faróis têm o mesmo contorno, porém, o conjunto tem iluminação full LEDs.
Nas laterais, além da curvatura do teto em estilo “fastback”, que dá ao sedã um ar de cupê, as rodas de 17 polegadas têm novo desenho.
Na traseira, todavia, há várias mudanças. O destaque são as novas lanternas, completamente redesenhadas e também iluminadas por LEDs. O conjunto óptico descarta a barra cromada do GSX. Além disso, a tampa do porta-malas (de 570 litros, o maior da categoria) agora abriga a placa de identificação do veículo, que antes ficava no para-choques.
Debaixo do capô
Além de compartilhar a plataforma M1X, o motor do Arrizo 6 Pro é o mesmo do GSX. Trata-se do 1.5 turbo flexível com até 150 cv de potência a 5.500 rpm.
Os números não chamam a atenção, afinal, é o menos potente na categoria. Tanto Civic quanto Corolla e Cruze vão de 155 cv a 173 cv, a depender da versão. Mas o sedã da Caoa Chery fica na média em torque. São 21,4 mkgf disponíveis a breves 1.750 giros, exatamente o mesmo torque do Corolla com motor 2.0 flex. Assim, o sedã da Caoa Chery é esperto no trânsito.
Independente dos números, o propulsor do Arrizo 6 Pro tem bom casamento com o câmbio tipo CVT com simulação de 9 marchas. As relações dão agilidade ao sedã ao volante. Nada de dificuldade em ladeiras ou momentos de arrancada, por exemplo. A condução é bastante linear e silenciosa. Esta é a principal herança do irmão GSX.
O silêncio a bordo surpreende. Além do bom trabalho de isolamento acústico, a tampa do motor (que poderia ter amortecedores) tem manta acústica. Mesmo aos 120 km/h – limite máximo das estradas brasileiras – o tom da conversa não precisa ser elevado dentro do Arrizo 6 Pro. Ou seja, ponto para a Caoa Chery.
Em termos tecnológicos, o sedã feito no interior paulista conta com os modos de condução Eco e Sport. Como sugerem as denominações, servem para deixar a condução mais econômica ou dinâmica. Neste último modo, o carro mantém o motor cheio e retarda as trocas de marcha, entregando mais desempenho. Já no modo Eco, durante o teste do Jornal do Carro – da capital paulista até Sousas, no interior – a média foi de 11 km/l.
Assim como os bons materiais garantem o silêncio na cabine, houve, também, preocupação com o sistema de suspensões. Afinal, sedãs têm clientes específicos, que prezam, entre os principais quesitos, pelo conforto extra. Dessa forma, o Arrizo 6 Pro lida bem com o asfalto brasileiro. E mesmo em trechos sinuosos, o carro fica completamente na mão.
A direção é elétrica e bem leve, mas o volante (multifuncional e com base reta) não tem regulagem de profundidade. Uma gafe da Caoa Chery, afinal, o ajuste de profundidade ajuda o motorista a encontrar a melhor posição de guiar, e melhora a ergonomia ao volante.
Lista de equipamentos
Ao mesmo tempo em que a lista de equipamentos fica devendo alguns itens, tem muitos acertos. A começar pelo acabamento, que tem até material que imita couro nos bancos, portas e painel. E é ali que está a cereja do bolo. Agora, tanto a tela da central multimídia quanto o display do quadro de instrumentos são digitais e com 10,25 polegadas cada um.
No GSX, a tela é de 9″. Mas não é só, a nova multimídia, além de oferecer tela com melhor definição, ganhou Android Auto, Apple CarPlay e um sistema de câmeras 360 graus. Estas podem ser habilitadas/desabilitadas e mostram todo o entorno do sedã.
Outro recurso bacana é a visão lateral. Quando a luz de seta é acionada, a tela mostra imagens laterais. Porém, se você estiver acompanhando o GPS, isso atrapalha a navegação. Então, vale desabilitar. O mesmo vale, assim, para os comandos do ar-condicionado (feitos pela tela ou por botões físicos sensíveis ao toque).
No mais, o Arrizo 6 Pro – que acaba de chegar às lojas – tem monitor de ponto cego, freio de estacionamento por botão e regulagem elétrica de altura para o banco do motorista. Isso tudo de série. As medidas continuam iguais às da versão GSX. São, portanto, 4,68 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos.
Tanto o grafismo do painel digital quanto as cores do filete de luz que vai nas portas podem ser configurados pela central multimídia, mas a operação não é tão intuitiva. Os retrovisores externos têm rebatimento elétrico e desembaçador. Por fim, teto solar, partida remota e vidros anti-esmagamento são alguns dos conteúdos em que a marca aposta para vender cerca de 200 unidades mensais do sedã.
Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?
Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade
26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.
Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.
Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.
Centro de gravidade
Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.
Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento.
E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.
Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:
– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.
– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.
– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.
– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.
– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.